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Dois cães de Curitiba são infectados pelo coronavírus
Um dos cães infectados em Curitiba é da raça buldogue francês| Foto: Pixabay

Pesquisadores da Universidade Federal do Paraná (UFPR) descobriram a presença do coronavírus em dois cães de Curitiba. Um da raça buldogue francês e outro sem raça definida. Segundo a instituição, estes são os primeiros casos identificados no Brasil em um estudo que analisou amostras de cães e gatos em cinco capitais. A pesquisa recrutou tutores que testaram positivo para coronavírus e apontou que os animais podem se infectar, mas isso não se equivale a dizer que eles têm a doença ou são transmissores.

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De acordo com o estudo, o primeiro caso foi de um macho, adulto, da raça buldogue francês, cujo tutor, de Curitiba, testou positivo para Covid-19 no teste RT-PCR na última semana. Segundo o tutor, o cão teve uma discreta secreção nasal. O animal e ele dormem na mesma cama. Em um segundo teste, o tutor negativou, mas o cão estava positivo, já com uma quantidade pequena de vírus no organismo. No segundo teste realizado com o buldogue no dia seguinte, o animal também deu negativo.

O segundo caso trata-se de um cão macho, também adulto, cuja tutora testou positivo para coronavírus. Segundo seu relato dela à equipe de pesquisa, seus quatro cães, que dormem na cama com ela, tiveram discretos episódios de espirros. Todos os moradores humanos da casa testaram positivo e, dentre os quatro cães, apenas um confirmou a presença do vírus.

Para o professor Alexander Biondo, coordenador do estudo, os dados serão registrados junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Todas as amostras estão sendo enviadas para confirmação no TECSA Laboratório Animal, para que sejam testadas em outro laboratório de referência. Apesar dos primeiros resultados positivos, não existe nenhum caso confirmado de cães e gatos transmissores do vírus ou com registro da doença Covid-19.

Além de Curitiba, o projeto é realizado em Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), São Paulo (SP) e Cuiabá (MT). Serão dois momentos de avaliação, com amostras biológicas coletadas com intervalo médio de sete dias, entre animais cujo tutor esteja em isolamento domiciliar, com diagnóstico laboratorial confirmado por RT-PCR ou resposta imunológica apenas por IgM.

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