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Ebanx
Ambiente do Ebanx em Curitiba.| Foto: Henry Milleo/Arquivo/Gazeta do Povo

Mesmo sem saber, muita gente já usou os serviços do Ebanx: os pagamentos de locação de imóveis do Airbnb, dos serviços do Spotify ou dos produtos comprados no AliExpress são viabilizados pela startup curitibana, uma das fintechs mais promissoras do Brasil, como são conhecidas as empresas que usam intensivamente a tecnologia para prestar serviços financeiros. Não só brasileiros, mas latino-americanos também. Já são cerca de 50 milhões de consumidores atendidos em sete países.

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Pelo desempenho dos últimos anos, já era esperado que o Ebanx conquistasse o posto de unicórnio, que chegou com um aporte do grupo norte-americano FTV Capital, de valor não revelado. O seleto grupo de startups brasileiras que já atingiram a cifra de US$ 1 bilhão é formado por Loggi, 99, iFood, Movile, Nubank, Gympass, Stone e Arco.

O que muita gente não sabia era da firme disposição dos cofundadores Alphonse Voigt, João Del Valle e Wagner Ruiz em manter a empresa em Curitiba. “Já fomos bastante assediados para sair daqui”, contou à Gazeta do Povo Nayana Rogal, gerente de Cultura Corporativa do Ebanx. Não há planos para isso, ao contrário. Há muitas frentes de relacionamento da empresa com a capital paranaense. Atualmente, são quase 600 funcionários, e na quinta-feira (31) havia 43 vagas de emprego abertas, das quais 35 em Curitiba.

A inauguração do letreiro luminoso do Ebanx no alto do Centro Comercial Itália (CCI), no fim de julho, é um dos símbolos da ligação especial com a cidade. O espaço esteve desocupado por sete anos. “Foi um marco de como o Ebanx valoriza Curitiba. É algo que faz as pessoas perceberem o negócio, que tem oportunidade de emprego aqui, que há empresas à la Google aqui mesmo, em Curitiba”, avalia.

Mas a relação entre a fintech e a cidade já extrapolou o negócio há tempos. Há cinco áreas “verticais” de atuação: cultural; social; protagonismo feminino; inovação e tecnologia; e esporte. Desde 2017, o Ebanx já apoiou três edições do Festival de Teatro de Curitiba e no ano passado se tornou parceiro do rebatizado Teatro Ebanx Regina Vogue, onde funcionários, apelidados de ebankers, e suas famílias contam com descontos e parcerias. Projetos culturais variados são apoiados via leis de incentivo. O apoio também é dado a uma rede de atletas de esportes radicais e paratletas, geralmente no início das carreiras. E, como forma de mudar o cenário da área tecnológica, dominado por homens, a startup investe na formação de garotas de 15 a 18 anos, dentre outras iniciativas.

O ritmo de pedidos de patrocínio aumentou muito, conta Nayana. “Essa notícia de unicórnio gera muito expectativa, de que vamos conseguir colocar mais investimento naquilo. Mas não é necessariamente financeiro. Pode ser de esforço, de disponibilidade de ebankers, para ceder alguma coisa para a comunidade. A gente sempre sonha grande, faz parte do DNA do Ebanx, mas aqui, quando falamos com relacionamento com a comunidade, a gente cuida muito com expectativas”, complementa.

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