Qualquer estudante ou colega que necessitasse de auxílio ou opinião profissional encontraria em Eduíno Sbardelini Filho, professor do curso de Psicologia da Universidade Federal do Paraná e da Universidade Tuiuti do Paraná, disposição constante para isso. A generosidade em compartilhar conhecimento fez dele uma unanimidade entre os profissionais e acadêmicos da área. Todos concordam sobre sua disponibilidade para ajudar, muitas vezes prestando consultoria gratuita. Eduíno faleceu no dia 1º de maio, vítima de Covid-19, aos 76 anos.
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A atuação no ensino superior tinha até tons paternais. “Em uma carta que escrevemos em conjunto após o falecimento dele, alguns colegas relataram ver nele uma função de guia e proteção, alguém que passava muita segurança nas conversas”, relata o colega professor da UFPR, Carlos Serbena. Sempre evitando o atrito, através da convivência pacífica ele buscava a cooperação mútua entre os pares.
Graduado pela USP de Ribeirão Preto e com mestrado pela PUC de Campinas, tinha como principal área de especialidade a Avaliação Psicológica com destaque para a Psicologia do Trânsito. Importante para atestar ou não aptidão para dirigir, os exames também analisam as funções mentais e habilidades cognitivas em outros contextos. Há avaliação de habilidades sociais, inteligência, personalidade, grau de sofrimento e comprometimento, por exemplo. Características utilizadas em seleções de pessoal e até na área jurídica.
Tinha prazer em compartilhar a experiência e o conhecimento
Esse foi um dos ramos em que a também psicóloga e professora Adriane Picchetto Machado trabalhou em conjunto com Eduíno, na parte de perícia psicológica, além da área de trânsito, especialidade de ambos. Aluna e depois colega, Adriane conta que a Psicologia perde uma grande referência com a morte dele e lembra das várias supervisões que o professor lhe deu, em especial no início da carreira, tendo em troca apenas o prazer de partilhar a experiência que tinha.
“Alguém muito preocupado com a qualidade do trabalho, com a clareza, a ética e a transparência, são poucos os profissionais que podemos falar isso com tanta certeza como podemos falar dele”, comenta Adriane. Ética Profissional do Psicólogo, além de Técnicas de Exame Psicológico, foram algumas das disciplinas que lecionou na UFPR entre 1982 e 2004, período em que foi docente na instituição. Já na Tuiuti, lecionada Psicologia Escolar. Bastante ativo em congressos e eventos acadêmicos, estava em constante atualização. Adriane lembra de encontrá-lo sempre nessas ocasiões com a esposa e também professora aposentada do mesmo departamento na UFPR, Elizabeth Brunini Sbardelini.
Sua atuação como presidente do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), nos anos 1980, foi marcante por estar na vanguarda na busca por inovação. Acreditava na possibilidade de sempre oferecer um serviço de qualidade melhor e lutava pelos direitos da classe de profissionais que representava. Adriane lembra que um dos primeiros cursos que fez foi de perícia psicológica, em uma época em que muitos profissionais ainda não sabiam da existência desse trabalho. A atividade de aperfeiçoamento havia sido organizada pelo Conselho, na gestão de Eduíno, no espaço da UFPR, promovendo a extensão dos alunos para novos campos.
Ao mesmo tempo em que transparecia seriedade, era bem humorado e transmitia uma energia de tranquilidade a quem convivia com ele. Eduíno Sbardelini Filho deixa esposa, três filhos e seis netos.
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