Um longo debate, de mais de três horas de duração, foi realizado na tarde desta sexta-feira (31), reunindo os candidatos a reitor e vice-reitor da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Foi a primeira vez que os pretendentes aos cargos confrontaram as propostas para a gestão universitária. Os concorrentes estavam presencialmente reunidos, frente à frente, na sala de reuniões da UFPR, mas mantendo distanciamento de 1,5 metro e com os participantes usando máscaras. O conteúdo foi transmitido pelo Youtube e pelo Facebook e foi acompanhado simultaneamente por cerca de 1,5 mil pessoas.
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Para o mandato 2020-2024, disputam Ricardo Marcelo Fonseca e Graciela Ines Bolzón de Muniz (chapa 2), tentando reeleição. Já a chapa 1 é composta por Horácio Tertuliano Filho, diretor do Setor de Tecnologia, e Ana Paula Mussi Szabo Cherobim, professora de Administração. O debate entre os concorrentes foi promovido pela comissão paritária de consulta e organizado, em parceria, por três entidades: a associação dos professores (APUFPR), o diretório central de estudantes (DCE) e o sindicado de técnicos (Sinditest).
Os primeiros três blocos foram destinados a apresentações, perguntas feitas pelas instituições participantes para ambas as chapas, e para questões entre os candidatos, sobre temas pré-definidos. Os momentos mais tensos ocorreram no quarto bloco, com perguntas de temas livres. Ricardo Marcelo mencionou a tradição, desde 1985, de que o concorrente derrotado nas urnas retire a candidatura para ser incluído na lista tríplice a ser enviada à presidência da República, disse que se comprometia a fazer isso e perguntou se o adversário abriria mão. Horário afirmou que trabalha para vencer a eleição e que não iria discutir essa situação agora.
Já a chapa 1 declarou que Ricardo Marcelo estava cedido, de forma irregular, do cargo de procurador da Advocacia Geral da União (AGU) há 12 anos, optando pelo salário de origem. Ricardo Marcelo rebateu, dizendo que a cessão estava amparada em lei. Ele conquistou um direito de resposta, mais à frente, e reforçou que não há ilegalidade alguma ou teria sido alvo de ações pelos órgãos de controle, como Tribunal de Contas da União (TCU).
Questões sobre os 700 funcionários demitidos da Funpar, que atuavam no Hospital de Clínicas (HC), investigações sobre desvios de bolsas de pesquisa e dúvidas sobre a eleição eletrônica para a reitoria também marcaram o debate. No quinto bloco, foram respondidas três perguntas sorteadas entre as enviadas pelo público. O último bloco, já perto das 20 horas, foi destinado a considerações finais. A votação será virtual, das 7 horas do dia 1º de setembro às 18 horas do dia 2 de setembro.
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