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De olho numa eleição suplementar ao Senado pelo Paraná, Paulo Martins (PL) conversou com a Gazeta do Povo após anúncio de Rosângela Moro (União).
De olho numa eleição suplementar ao Senado pelo Paraná, Paulo Martins (PL) conversou com a Gazeta do Povo após anúncio de Rosângela Moro (União).| Foto: Arquivo/Câmara dos Deputados

O ex-deputado federal Paulo Martins (PL-PR) disse que o eleitor paranaense ficará desconfiado da deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), caso ela concorra em uma eleição suplementar ao Senado no Paraná.

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Rosângela, casada com o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), mudou o domicílio eleitoral de São Paulo para Curitiba nesta janela partidária, às vésperas do julgamento que pode cassar o mandato do marido, por suspeita de abuso econômico nas eleições de 2022. O julgamento está marcado para iniciar em 1 de abril, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR).

Se condenado nesta etapa, Moro aguardará no Senado por novo julgamento, então no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Caso seja confirmada a cassação de Moro, será convocada uma eleição suplementar para preencher a vaga dele, até o ano de 2030. Com a mudança de domicílio, Rosângela Moro se credencia a concorrer ao pleito.

Martins pode despontar como um dos favoritos numa eventual eleição suplementar pelo Paraná: ele recebeu 1,6 milhão de votos na eleição ao Senado em 2022, vencida por Moro (que então angariou cerca de 1,9 milhão de votos). Para ele, a mudança de Rosângela não será bem vista. “Isso deve deixar o eleitor desconfiado, afinal ela representa um estado e passa a ter vínculo formal com outro. E certamente haverá discussão jurídica a respeito”, respondeu Paulo Martins, em entrevista concedida à Gazeta do Povo.

"Vamos aguardar para ver se a transferência será aceita", diz Ricardo Barros

Outro político que espera pela decisão judicial sobre a situação de Sergio Moro é o secretário de Indústria e Comércio do Paraná, Ricardo Barros (PP), que vem articulando sua candidatura ao cargo. “Vamos aguardar para ver se essa transferência será mesmo aceita”, disse ele a interlocutores em evento com prefeitos em Cianorte, no interior do estado, nesta sexta-feira (8).

Em nota enviada pela assessoria, Rosângela Moro afirmou que a transferência de domicílio eleitoral é um direito. “A transferência do domicílio eleitoral é um direito de todo cidadão brasileiro. A Deputada Federal Rosangela Moro (União-SP), apesar de ter efetivado a transferência do seu domicílio eleitoral para o Paraná, onde se encontra o seu marido e sua família, continuará a representar o estado de São Paulo e sua população, mantendo, inclusive, seu escritório de representação aberto na capital paulista e a agenda nas demais cidades do estado”, diz.

Rosângela Moro e Gleisi trocam farpas

Na rede social X (antigo Twitter), a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, repercutiu a decisão de Rosângela. Gleisi escreveu que Rosângela e Sergio Moro dão “prova de desprezo pela população paranaense” e de “desrespeito com a população de SP, que a elegeu deputada”.

Também pela X, Rosangela respondeu com poucas palavras: “Chora, Gleisi”.

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