Com agenda de pré-candidato à presidência da República na eleição de 2022, o cientista político Felipe d’Avila, do partido Novo, reservou parte da sua passagem por Curitiba, nesta quarta-feira (10), para se apresentar a representantes do empresariado paranaense. “Para recuperar a confiança dos empresários no Brasil, nós precisamos ter estabilidade política, calma política, volta à normalidade política. Precisa acabar esta polarização, este radicalismo, que vem esgarçando as relações, não só institucionais, mas as relações empresariais também”, disse o pré-candidato à Gazeta do Povo, pouco antes de ouvir do presidente da Associação Comercial do Paraná (ACP), Camilo Turmina, o relato sobre a "quebradeira geral", na esteira da pandemia do coronavírus.
O encontro conduzido por Turmina contou com membros do Conselho Político Legislativo da ACP. Já Felipe d’Avila chegou acompanhado das duas vereadoras do Novo em Curitiba, Indiara Barbosa e Amália Tortato.
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Para d’Avila, a terceira via no Planalto – “nem Bolsonaro, nem Lula” – é a única saída para a estabilidade política e, por consequência, a recuperação da economia. “É urgente o Brasil retomar o crescimento econômico, a volta do investimento, emprego. Isso é vital. Se não fizermos isso, o Brasil não vai sair deste atoleiro”, disse ele.
O pré-candidato do Novo acrescenta que o eleitor “já escolheu em quem ele não quer votar”. “Os índices de rejeição de Bolsonaro e Lula são gigantescos. O eleitor quer votar no candidato da terceira via. Ele só não sabe quem é esse candidato. Então precisamos ter um debate em torno de propostas, não só em torno de pessoas”, afirmou d’Avila.
“Entrada de Moro enriquece terceira via”, diz d’Avila
Sobre a filiação de Sergio Moro ao Podemos, nesta quarta-feira (10), o pré-candidato do Novo afirma que vê a entrada do ex-juiz ao cenário eleitoral “com muito bons olhos”. “Acho que enriquece a terceira via. Vai robustecer o debate. Mas quem vai decidir quem é o candidato da terceira via é o eleitor. É aquele candidato que for mais capaz de apresentar propostas para mostrar como resolver os problemas prementes do brasileiro, que hoje é renda, emprego e crescimento econômico”, avaliou Felipe d’Avila.
Questionado pela reportagem sobre a disposição do Novo para eventuais alianças, inclusive para viabilizar uma terceira via, d’Avila acrescenta que é preciso “dar tempo” para que as propostas sejam apresentadas e afinidades sejam reconhecidas: “Nós já tivemos embates ideológicos, mas não tivemos debates de propostas. Com muitos candidatos da terceira via, vai nos obrigar a discutir reais propostas para os reais problemas do país. Acho que a gente tem que fazer alianças em torno de propostas e programas. Hoje eu desconheço as propostas do Moro, fica difícil fazer alianças em torno de pessoas. É em torno de um projeto de país que essa terceira via tem que se unir”.
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