O crescimento da demanda por máscaras, a corrida da população atrás de álcool em gel e a necessidade de respiradores artificiais para o atendimento dos pacientes graves tornou esses itens (além de luvas e aventais cirúrgicos), artigos de luxo no mercado. A produção brasileira não atende a toda a necessidade e as importações estão cada vez mais difíceis, principalmente após o governo dos Estados Unidos adquirir todo o estoque dos fabricantes chineses, atravessando, inclusive, vendas já fechadas com o Brasil.
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“Nossa preocupação maior neste momento e, de qualquer hospital, é ter os equipamentos de proteção individual (EPI) e mais respiradores e mais monitores. No mercado, a gente está encontrando muita dificuldade e, quando acha, estão a preços exorbitantes, muito acima do que estamos acostumados”, relata o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Flaviano Feu Ventorim. Ele conta que dois dias após fechar uma importação de grande quantidade de máscaras cirúrgicas da China, ao valor de R$ 25,00 a caixa, foi procurado pelo importador com a informação que o novo valor era de R$ 150,00 a caixa, o que inviabilizou a compra.
A Secretaria de Estado da Saúde informou, através da assessoria de imprensa, que recebeu, nesta semana, um “volume considerável” de EPIs, que já começaram a ser distribuídos aos hospitais e aos municípios. A secretaria também revelou estar tendo dificuldades com a inflação nos preços dos produtos e disse que pode centralizar as compras, demandada pelos municípios, para, aumentando o volume, conseguir algum desconto.
Covardia e solidariedade
“Temos alguns fornecedores que estão sendo covardes neste período, enquanto tem outros que estão sendo solidários e buscando encontrar soluções A Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná) está nos ajudando, algumas indústrias têxteis estão alterando suas linhas de produção para produzir máscaras e aventais cirúrgicos”, relatou Ventorim.
A Secretaria de Estado da Saúde informou que o governo do Paraná está em processo de aquisição de 200 respiradores e 200 aparelhos de monitoramento para UTIs, que serão instalados nos 680 leitos que o Estado pretende ter isolados para o atendimento de casos graves de Covid-19. Como, para oferecer este número de leitos o Estado está adaptando novos espaços em hospitais, ou mesmo criando UTIs onde ainda não existe, é necessária a aquisição dos equipamentos. Um respirador pode custar entre R$ 40 mil e R$ 100 mil.
“Nem todo leito de UTI possui respirador. Há normas técnicas que regulamentam isso, mas varia de acordo com a complexidade do hospital. Hospitais mais complexos têm um respirador para cada leito, mas hospitais em que as UTIs são utilizadas mais para monitoramento do paciente em um pós-operatório, por exemplo, não precisam ter esse número”, explica o presidente da Femipa, que já antecipou o plano emergencial dos hospitais. “A gente já tem organizado nos hospitais que, se acabarem os respiradores de UTI, utilizaremos os respiradores dos carrinhos de anestesia. E acordamos, também, sobre a organização de um fluxo para que os pacientes que forem melhorando nas UTIs sejam encaminhados para os hospitais menos complexos, para poder girar o leito”.
Das novas aquisições de equipamentos autorizados pelo Estado, a Secretaria de Saúde já recebeu, e já instalou nos leitos, 50 respiradores e 60 monitores. Segundo a secretaria, o estado está, nesta sexta-feira (03) com 338 leitos de UTI reservados para o atendimento de casos de Covid-19, todos eles completamente equipados.
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