O ex-deputado estadual Valdir Rossoni (PSDB) divulgou um vídeo para se defender das acusações de enriquecimento ilícito a partir da nomeação de funcionários comissionados em seu gabinete na Assembleia Legislativa, entre 1992 e 2010. "Eu, que roubei R$ 124 milhões, veja onde estou. Estou trabalhando na minha indústria; eu devia estar nos EUA passeando para gastar o dinheiro", ironizou o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Paraná.
A reação de Rossoni - que reclamou de "injustiça" e "abuso de autoridade do MP" - acontece após a juíza Patricia de Almeida Gomes Bergonse, da 5ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, ter mandado bloquear bens no valor de quase R$ 125 milhões (R$ 124.893.488,53), do ex-deputado e de uma ex-funcionária dele, Edinê de Lourdes Ramon Vianna.
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A medida atendeu a um pedido de liminar feito pelo Ministério Público do Estado do Paraná (MP-PR) no bojo de uma ação civil pública por ato de improbidade administrativa proposta contra os dois no mês passado.
O MP descreve na ação que entre os nomeados por Rossoni estavam pessoas que “não sabiam que haviam sido designadas para exercerem o respectivo cargo comissionado”, “familiares que não exerciam efetivamente o cargo” e “pessoas que não prestavam serviço ao Legislativo”.
No gabinete de Rossoni, Edinê de Lourdes Ramon Vianna seria a responsável por tais nomeações. Entre os comissionados estavam o filho dela, o marido, o pai, um tio e uma tia e a ex-sogra.
O advogado dele, José Cid Campêlo Filho, informou que, à exceção do vídeo já divulgado por Rossoni, seu cliente se manifestará apenas nos autos do processo.
A reportagem tenta contato com Edinê Vianna. Quando a ação civil pública foi protocolada, no início do mês passado, ela tinha tinha um cargo comissionado no gabinete do presidente da Assembleia Legislativa, Ademar Traiano (PSDB). Acabou exonerada dias depois.
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