O setor imobiliário e a construção civil foram os principais responsáveis pela criação de empregos no Paraná no primeiro semestre de 2019. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os setores terminaram o semestre com saldo positivo de 10.298 e 7.320 contratações, respectivamente, representando juntos pouco mais de 44% do total de empregos criados no estado no período.
Para o presidente da Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), Leonardo Pisseti, os números são reflexo de uma recuperação - do setor e da própria empregabilidade. “O nosso setor é o que dá resultado mais rápido na retomada da empregabilidade, porque ele tem uma contratação muito rápida”, afirma.
No setor, a recuperação é caracterizada também pela valorização imobiliária, com o preço do metro quadrado subindo 6,2% em junho de 2019, em relação a junho de 2018, pelo crescimento nas vendas de imóveis novos e usados - e consequente redução no estoque de imóveis a 5.548 unidades, e pelo crescimento no número de apartamentos lançados.
“Já tivemos um aumento no valor venal, ainda modesto, mas ganhando da inflação. E estamos tendo bons resultados em vendas, tanto que nosso estoque de imóveis novos é o menor da nossa série histórica”, comemora Pissetti. Conforme ele, a virada é decorrente, entre outros motivos, de um período de maior estabilidade econômica iniciado a partir da mudança de governo, a disponibilidade de crédito para o setor, e a redução dos juros para o financiamento imobiliário.
Apesar de celebrada, a retomada e a criação de empregos no setor não vêm como uma grande surpresa. “Isso já era algo que estava previsto. Estamos falando desde o ano passado, quando aumentou a venda de terrenos, o que significa que os incorporadores vão fazer novos projetos. Ao mesmo tempo, alugou-se maravilhosamente bem e o aluguel é o primeiro passa da recuperação imobiliária”, explica o presidente do Instituto de Pesquisa do Mercado Imobiliário e Condominial do Sindicato da Habitação e dos Condomínios (Inpespar/Secovi-PR), Jean Michel Galiano.
Crescimento e mais empregos
Os resultados do primeiro semestre deixam os representantes do mercado otimistas e os fazem apostar em um crescimento maior da empregabilidade no setor. Conforme eles, a recuperação sentida até agora representa apenas a saída da recessão. “Ainda tem muito espaço para crescer”, avalia Galiano.
De acordo com Pissetti, isso significa que o segundo semestre deve ser marcado pelo aumento no número de lançamentos imobiliários e, consequentemente, nas contratações. “É possível que a gente venha a dobrar esses números que temos hoje”, prevê.
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