Paraná criou 61,6 mil novos postos de trabalho em 2020| Foto: José Fernando Ogura/AEN
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Os empresários paranaenses estão mais otimistas em relação às contratações para 2021, mas condicionam as expectativas a uma solução para a vacinação contra a Covid-19. “Isto pode facilitar o processo de retomada”, diz Rodrigo Rosalem, diretor do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial no Paraná (Senac).

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Um levantamento feito pelo Manpowergroup, empresa especializada em recrutamento e seleção, aponta que as perspectivas para o primeiro trimestre do ano são favoráveis no estado. “Existe confiança para a contratação em todos os segmentos”, diz Wilma Dall Coll, diretora da empresa.

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Mesmo com a pandemia, aponta ela, as empresas sentiram dificuldades em fechar vagas, até em funções mais operacionais. “Falta gente com habilidades específicas e há uma carência de talentos. O mercado está passando por uma fase de ajuste, na qual as avaliações vão além da experiência dos candidatos."

Mesmo com essa dificuldade, o emprego está em alta no Paraná. Dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostra que entre janeiro e novembro foram abertas 61,6 mil novas oportunidades de trabalho com carteira assinada. O nível de emprego voltou ao ritmo pré-crise. O movimento está concentrado no interior do estado.

Mas o cenário pode ser melhor, aponta a executiva do Manpowergroup. “Tudo vai depender da questão da vacina”, diz Wilma. Sondagem feita em novembro pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) aponta que 72,5% das empresas respondentes estão confiantes na recuperação da economia e 68,4% otimistas ou muito otimistas com o desempenho de seus negócios.

Um dos segmentos que deve continuar em alta, de acordo com Ronaldo Bahia, CEO e fundador da start-up Job Convo, é o de tecnologia da informação. “É um segmento que foi muito bem, que se reinventou com a pandemia e que deve continuar com uma demanda elevada. O trabalho remoto contribuiu para os bons resultados.”

Uma das certezas, segundo ele, é que os salários ficarão contidos para funções operacionais e para empregos de transição. Com o fim do auxílio emergencial do governo federal, a tendência é de que mais pessoas passem a procurar oportunidades no mercado de trabalho.

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“O momento é crucial”, diz Wilhelm Meiners, coordenador do Estúdio de Economia e Finanças da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR). Ele aponta que se o plano de vacinação não der condições de reestabelecimento da economia, os impactos poderão ser negativos.

Mobilidade está em alta entre profissionais especializados

Bahia também aponta que deverá haver uma mobilidade muito grande entre os profissionais mais especializados. “A tendência do trabalho remoto veio para ficar e as equipes estão cada vez mais colaborativas”, diz Bahia.

Não bastasse esse cenário, o fundador da Job Convo vê uma tendência maior à aplicação de recursos de inteligência artificial às políticas de recursos humanos das empresas. “Plataformas tecnológicas passam a ser vistas como parceiras das áreas de RH. Vai haver, também, mais treinamentos simulados por inteligência artificial e a gestão de performance tende a ser feita em tempo real”.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]