| Foto: Reprodução/Instagram/CRM-PR
Ouça este conteúdo

O Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR) publicou nesta sexta-feira (12), em suas redes sociais, um alerta sobre a falta de profissionais de saúde para atender a demanda por serviços hospitalares no Paraná. No alerta, as entidades pedem “medidas enérgicas e urgentes” para conter a demanda por serviços hospitalares - horas depois, o prefeito Rafael Greca decretou lockdown de nove dias em Curitiba. No texto, as entidades afirmam que as autoridades sanitárias têm dados globais de cada município e devem tomar as decisões necessárias baseadas nesses indicadores. As entidades alegam esgotamento total da estrutura e das equipes para continuar recebendo mais pacientes. De acordo com a nota, os profissionais de saúde apoiam a adoção de medidas sanitárias mais rigorosas.

WhatsApp: receba um boletim diário com notícias do Paraná

CARREGANDO :)

O presidente do Conselho Regional de Medicina do Paraná, Roberto Yosida, que é médico ginecologista, explica que “é preciso que a gente tenha esperança e união. União de toda a sociedade porque essa é uma responsabilidade de todos. O momento requer medidas individuais e coletivas porque nós ultrapassamos todos os limites da nossa capacidade hospitalar”. Yosida defende que as autoridades sanitárias de cada município paranaense avaliem seus indicadores e endureçam as medidas de restrição de circulação de acordo com seus números. “As medidas tomadas até agora não surtiram o efeito necessário, mas sabemos que em cada cidade os indicadores variam. Nós pedimos que as autoridades avaliem seus números para que possam tomar medidas que efetivamente diminuam a demanda por serviços hospitalares”, afirma o presidente. Roberto Yosida ressalta ainda que “não há culpados, o grande culpado é o vírus. O que precisamos é de união para atravessar esse momento”.

No último dia 28 de fevereiro o CRM-PR já havia emitido uma nova norma que permitia aumentar o número de pacientes atendido por cada médico intensivista. Até então era permitido que cada médico cuidasse de 10 pacientes. A partir dessa data o número de pacientes permitidos por médico passou para 15. O objetivo da norma era evitar o colapso. Naquele momento já não existia mais recursos humanos disponíveis para contratação.

Publicidade

Também assinam a nota a Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (Sotipa), o Conselho Regional de Enfermagem do Paraná (Coren/PR), o Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 8º Região (Crefito 8) e a  Associação Médica do Paraná (AMP) também assinam a nota.