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“O Paraná tem tudo para subir nesse ranking da indústria nacional”, disse o novo presidente da Fiep, Edson Vasconcelos.
“O Paraná tem tudo para subir nesse ranking da indústria nacional”, disse o novo presidente da Fiep, Edson Vasconcelos.| Foto: Gelson Bampi / Sistema Fiep

Com 66% dos votos válidos, a chapa “Somos indústria, somos Fiep”, encabeçada por Edson Vasconcelos, foi a vencedora das eleições 2023 da Federação das Indústrias do Paraná. O novo presidente eleito falou com exclusividade à Gazeta do Povo e elencou quais devem ser os principais desafios da nova gestão, que se inicia em outubro de 2023 e segue até 2027.

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Vasconcelos é natural de Cascavel, é casado e pai de três filhos. Graduado em Engenharia Civil pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), ele também tem MBA em Gestão Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e MBA em Negócios Internacionais pela Ohio University, nos Estados Unidos.

O novo presidente eleito da Fiep atua no setor da construção civil como sócio proprietário da Vasto Engenharia, Bridge Incorporadora e da Toledo Energias Renováveis, além de atuar no ramo imobiliário e de hotelaria. Em 2011, Vasconcelos passou a integrar a diretoria da Fiep como vice-presidente, cargo que ocupava até a última terça-feira (15), quando foi eleito para ocupar a presidência da entidade. Em 2013, foi eleito presidente do Sinduscon Oeste para um mandato de 3 anos.

A partir de 2015, presidiu diversas entidades como o G8, grupo formado pelas 8 entidades do setor produtivo de Cascavel; o Conselho de Desenvolvimento Econômico Sustentável de Cascavel (Codesc), que conta com a união de mais de 60 entidades que atuam em prol do planejamento em longo prazo do município; e o Instituto de Planejamento de Cascavel (IPC). Foi, ainda, presidente da Associação Comercial e Industrial de Cascavel (ACIC), com uma gestão marcada pela forte atuação na aproximação dos líderes regionais nos temas de importância regional.

Desde 2014 vem coordenando o Conselho Temático de Infraestrutura da Fiep, auxiliando na busca por soluções para o aperfeiçoamento da infraestrutura e logística paranaense, com foco na redução do custo logístico, agilidade nos transportes e segurança para cargas e pessoas.

Confira a entrevista do novo presidente eleito da Fiep, Edson Vasconcelos, à Gazeta do Povo

Logo após o fim do processo eleitoral, o segundo colocado na votação, o empresário Rommel Barion, nos confirmou a esperança de que a Fiep se mantivesse unida. A união deve mesmo dar o tom do início da sua gestão à frente da entidade?

A Fiep é do Paraná. A Fiep é uma força, uma estrutura da indústria do Paraná, não tem lado. Não é de um ou de outro, temos que trabalhar todos em prol do Paraná. As eleições passaram, o processo terminou. Combatemos o bom combate, e a partir de agora seremos todos olhando para um mesmo caminho.

Apesar de o Paraná não ter conseguido reverter o processo de desindustrialização que afeta significativamente a nossa economia, o Estado é o quarto maior do Brasil na produção industrial. Agora eleito, de que forma o senhor deve trabalhar para consolidar essa posição da indústria paranaense?

A colocação industrial do Paraná precisa refletir o nosso ambiente de industrialização. A percepção de que nós podemos ter um melhor ambiente é a nossa busca, o nosso objetivo. Precisamos lutar para melhorar alguns pontos que interferem na política industrial como energia, logística, tributação, mão de obra, inovação. Tudo isso interfere diretamente na capacidade de um território de se tornar atrativo para a indústria.

É isso que nós vamos buscar, para que o Paraná suba nesse ranking. No topo está o eixo Rio-São Paulo-Minas, mas nós também queremos subir nesse pódio. O Paraná tem tudo para fazer isso, recursos naturais, população trabalhadora.

Qual deve ser a participação política da Fiep junto às diferentes esferas de governo?

Estamos pautados em fazer um trabalho em torno de uma política industrial que favoreça o Estado inteiro, inclusive regionalizar novamente a Federação para que esteja mais atuante também no interior. Temos todo o potencial para fazer o industrial paranaense vestir essa camisa e começar a levar os prefeitos e as bases regionais a entenderem que uma política industrial bem feita favorece a vinda de novas indústrias e a construção de um empreendedorismo propositivo.

Quais são, na sua visão, as ações mais urgentes que precisam ser tomadas pelos industriais paranaenses?

É preciso olhar para fora do país, ou pelo menos para fora do Estado. Produzir apenas para o nosso mercado é uma forma limitada de ver as coisas. Nós como indústria precisamos olhar mais para fora das nossas fronteiras. Há um adensamento muito grande dentro das cadeias produtivas, e nós temos condições de descobrir novos negócios, como a cadeia intermediária da indústria. Muitos dos nossos maquinários vêm de fora do país ou de fora do Estado. Há muitas oportunidades, muitos mercados, e por isso precisamos ser propositivos nessa percepção e trabalhar junto com os agentes que têm esse poder de transformação.

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