Primeiro hospital oncopediátrico do Sul do Brasil, o Erastinho está quase pronto para receber os pacientes. As obras foram concluídas em junho e faltam apenas detalhes da parte interna para a inauguração. Com três andares e quase cinco mil metros quadrados de um projeto arquitetônico inovador que visa contribuir com o bem-estar de pacientes e familiares, o número de atendimentos será triplicado em relação ao trabalho feito hoje no Hospital Erasto Gaertner. Todo o projeto custou R$30 milhões, mas ainda falta R$1 milhão para que os débitos sejam quitados.
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Porta-vozes do hospital destacam que a instituição pretende ir além do tratamento do câncer.
“O Erastinho representa um marco na história. Queremos propagar a promoção de saúde e a importância do diagnóstico precoce, mudando paradigmas. Precisamos de uma nova visão do câncer, doença em que, muitas vezes, é proibido até falar o nome”, diz Adriano Lago, superintendente do Hospital Erasto Gaertner.
Voltado ao ao combate do câncer infantojuvenil, o espaço tem 4.800 metros quadrados, em uma estrutura que contará com recepção, lobby, atendimento ambulatorial, hospital-dia, centro cirúrgico e alas de internação (clínica, cirúrgica, Transplante de Medula Óssea e Unidades de Terapia Intensiva). Os atendimentos passarão de 200 para 600 por ano.
Com pinturas coloridas e lúdicas tanto externa como internamente, a estrutura foi projetada para os pacientes e seus familiares. O prédio conta com áreas de acesso à natureza, entrada de luz natural, elevadores panorâmicos, brinquedoteca, sala de descanso, sala de estar, cafeteria, leitos com vista para a área externa, entre outros diferenciais.
“O Erastinho foi pensado para atender às necessidades biopsicossociais das crianças e adolescentes, dando o máximo de bem-estar possível a eles e aos familiares, com ações de acolhimento, diminuindo as variáveis negativas do tratamento. É um espaço acolhedor” , destaca a doutora Mara Albonei Pianovski, diretora do Erastinho.
Como faltam somente pequenos detalhes na parte interna para o fechamento da obra, a expectativa é que o hospital possa muito em breve abrir as portas à comunidade.
"Queremos inaugurá-lo oficialmente na última sexta-feira de agosto ou na primeira de setembro", afirma Lago.
Certificações
A construção do Erastinho, executada pela RAC Engenharia, respeita o conceito de Green Hospital e atende às condições de duas importantes certificações internacionais: a LEED for Healthcare e a WELL Building Certification.
“Trata-se de uma obra emblemática para a capital do Paraná, que fomenta a importância de construções eficientes. Estamos convictos de que a execução de prédios certificáveis pode agregar benefícios à sociedade”, detalha Ricardo Luiz Cansian, presidente RAC Engenharia.
O LEED for Healthcare define um conjunto de normas e padrões de desempenho com o objetivo de mensurar e certificar como sustentáveis o projeto, a construção e a operação de edificações de saúde de alto desempenho, saudáveis, duráveis, economicamente viáveis e ambientalmente conscientes. Enquanto LEED se concentra na relação entre edifícios e o ambiente, WELL Buiding Certification reconhece a relação entre edifícios e ocupantes. Portanto, um espaço com este certificado pode melhorar a alimentação, humor, padrões de sono e desempenho dos seus ocupantes.
O Hospital Erastinho será o único oncopediátrico do país a contar com a inédita dupla certificação internacional. A RAC iniciou os trabalhos em janeiro de 2019 e entregou as obras finalizadas neste mês de julho.
Força-tarefa
Após centenas de campanhas de arrecadação feitas desde 2015, com o início do projeto em prol do hospital, quase todo o montante necessário foi alcançado. Dos R$30 milhões previstos, R$ 29 milhões foram conseguidos por meio de recursos advindos do convênio com o Governo do Paraná e também de doações. Falta, agora, apenas a quantia de R$1 milhão para a finalização do projeto. Qualquer valor pode ser doado no site: https://www.erastinho.com.br/
Mesmo que a quantia não seja atingida nas próximas semanas, a inauguração acontecerá no prazo estipulado, porém os valores são fundamentais para que o hospital siga com os trabalhos de atendimento ao público.
O superintendente do HEG agradece à ajuda recebida até aqui e destaca a importância que o novo hospital terá. “Recebemos doações de empresas e pessoas de outros estados. Isso mostra como o Erastinho não é somente de Curitiba ou do Paraná. É do Brasil todo”, finaliza Lago.
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