Estado líder na aplicação de escolas cívico-militares no Brasil, com 206 estabelecimentos de ensino funcionando neste modelo, o Paraná tem registrado bons índices de educação e percepção de melhora dos alunos na sala de aula. O governo paranaense foi um dos muitos estados brasileiros que decidiu manter e ampliar os colégios cívico-militares, mesmo após a decisão do governo Lula de suspender o projeto federal.
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Na comparação dos dados de 2019 com 2021 do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), dos 12 colégios cívico-militares que integram o programa nacional no Paraná, metade melhoraram as notas. O Ideb é calculado a partir dos dados sobre aprovação escolar, obtidos no Censo Escolar, e das médias de desempenho no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb). O índice varia de 0 a 10.
A Secretaria de Educação do Paraná (Seed-PR) também apontou as melhorias que foram percebidas com o programa estadual de escolas cívico-militares. A coordenadora do programa de escolas cívico-militares no Paraná, Soraia Azevedo, ressaltou que houve redução na evasão escolar. A frequência dos alunos também é maior no modelo. De acordo com a coordenadora, em uma escola regular, a frequência dos alunos é 88%. Já na cívico-militar chega a 93%.
“Entre as melhorias estão a redução da evasão escolar, participação dos alunos nas séries corretas, frequência das aulas, melhora nas notas e nas notas do Ideb. Destaque também para a diminuição dos problemas disciplinares, brigas e desrespeito ao professor e degradação do colégio. Quase 100% dos colégios cívico-militares não apresentam mais essas situações”, frisou.
Em comparação com o desempenho das escolas regulares e de ensino integral, as 206 escolas cívico-militares do Paraná tiveram um avanço maior nas notas do Ideb. A Seed-PR informou que, das 1.647 escolas regulares, 49,8% registraram avanço em ao menos uma das três etapas de ensino avaliadas pelo Ideb.
Das 251 escolas de ensino integral, o número aumentou para 62,9%. No mesmo período analisado (de 2019 para 2021), o desempenho da educação cívico-militar se destacou, com avanço de 84%. A implantação do modelo foi feita, prioritariamente, em unidades de ensino que, no ano de 2019, estavam em contexto de vulnerabilidade social.
“No Paraná, tivemos um avanço. Eram escolas em situações vulneráveis, regiões de baixo rendimento escolar e índice de violência, e vimos a transformação da escola”, falou o secretário de educação do Paraná, Roni Miranda. “O resultado tem sido tão positivo que temos muita solicitação da comunidade escolar e de prefeitos que querem ser do programa”, contou a coordenadora do programa de escolas cívico-militares no Paraná, Soraia Azevedo.
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