A queda da curva do coronavírus em estados do Norte do país aliado ao aumento de casos e mortes e a chegada do inverno no Sul voltaram os olhos das autoridades em saúde para a região mais fria do Brasil, indicando que Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul poderiam ser o próximo epicentro da pandemia. Os sucessivos recordes de casos e mortes no Paraná, bem como a situação da ocupação de leitos de UTI no estado reforçaram essa preocupação. Mas o comparativo dos dados de agosto mostra que o Paraná segue em situação menos grave do que outros estados.
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Mesmo com o recorde de mortes, no dia 4, o Paraná registrou, entre os dias 1º e 6 de agosto, de acordo com dados do Ministério da Saúde (a reportagem utilizou os dados do Ministério da Saúde para comparar todos os estado pelo mesmo parâmetro), 304 mortes por Covid-19. Foi o sexto estado com mais óbitos no período, atrás de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia e Rio Grande do Sul.
Como tem a quinta maior população do pais (11,4 milhões de habitantes), no entanto, o Paraná perdeu, nestes seis primeiros dias de agosto, 2,65 cidadãos para cada 100 mil habitantes, tendo uma das dez menores mortalidades do país. A maior mortalidade é no Distrito Federal, que vive uma segundo onda de contaminações e registrou 6,03 óbitos por 100 mil habitantes. Roraima (5,4), Rio Grande do Norte (5), Sergipe e Mato Grosso (ambos com 4,4) completam o ranking dos cinco estados com maior mortalidade. O primeiro da região sul é Santa Catarina (o 6º do ranking nacional), com 3,55 mortes por 100 mil. Todos esses estados tiveram menos mortes do que o Paraná no período, mas têm populações bem menores.
Os estados com menor mortalidade em agosto, até o momento, são, curiosamente, unidades da federação que tiveram picos delicados da doença: Pará (1,24), Maranhão (1,51) e Amazonas (1,61).
Nestes recortes do material especial da Infografia da Gazeta do Povo sobre a Covid-19 no País é possível visualizar como o número de novas mortes e a mortalidade da doença vem crescendo no estado, mas, também, como segue havendo estados com números diários e, principalmente, com mortalidade mais preocupantes que o Paraná.
Ao se comparar o número de casos, a situação é semelhante. Com 11.157 casos nos seis dias, o Paraná é o oitavo estado em novos casos registrados em agosto. Teve mais casos que o Rio de Janeiro, por exemplo, mas menos que Santa Catarina, Goiás e Distrito Federal, que têm populações bem menores. Na classificação por incidência, o estado é o sexto com menor número de novos casos para cada 100 mil habitantes (97,5). O líder deste ranking é Rondônia, com 480 novos casos para cada 100 mil habitantes, seguido por Distrito Federal (388), Tocantins (299) e Mato Grosso (228).
VEJA: Ranking mostra evolução das mortes diárias por coronavírus nos estados
No acumulado, o Paraná tem 194,5 mortes para cada 100 mil habitantes. É a quarta menor mortalidade do país, à frente apenas de Santa Catarina (189,4), Mato Grosso do Sul (164,8) e Minas Gerais (156,1). As maiores mortalidades foram registradas em Roraima (888 mortes por 100 mil habitantes), Ceará (864, Rio de Janeiro (807,5) e Amazonas (804,7).
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