Problemas climáticos e demanda menor afetaram os resultados da Sanepar no terceiro trimestre, quando a empresa teve uma receita líquida de R$ 1,17 bilhão, 1,6% a menos do que no mesmo período de 2019, e um lucro de R$ 164,4 milhões, 32,4% inferior. Mas a empresa continua extremamente atrativa no mercado. “Vemos um potencial muito grande de valorização para ela”, diz Renan Hamilko, sócio da Allez Invest.
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Um dos motivos é que a empresa pode entrar em uma nova fase de investimentos, por causa do marco regulatório do saneamento. O conselho de administração da empresa aprovou, no dia 12, autorização para iniciar a captação de R$ 500 milhões em debêntures não conversíveis em ações para lastrear seu plano de investimentos.
Outro motivo que pode favorecer o desempenho dos papéis da Sanepar na B3, a bolsa brasileira, segundo analistas, é o reajuste nas tarifas. A Agência Reguladora do Paraná (Agepar) deliberou em setembro pela suspensão do reajuste de 9,63% nas tarifas de água. Relatório da Planner Corretora, divulgado na quarta para clientes, espera que o reajuste seja retomado em dezembro.
Mas, no curto prazo, o cenário para os papéis da Sanepar – que nesta quinta (19) fecharam a R$ 24,82 – é de volatilidade. “Por conta do período de estiagem, redução do nível dos reservatórios, contingenciamento da demanda e a suspensão do reajuste das tarifas de água e esgoto”, aponta o relatório da Planner.
Victor Luiz Martins, analista da Planner, destaca que a valorização das ações da companhia de saneamento depende de uma série de fatores, como a melhoria das condições hídricas, notadamente a partir de 2021, e a retomada dos reajustes tarifários.
Nos nove primeiros meses do ano, a receita líquida cresceu 5,3% para R$ 3,6 bilhões, em relação ao mesmo período de 2019. O lucro líquido teve um leve crescimento de 1,6%, para R$ 705 milhões.
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