A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou nesta semana um estudo prévio que aponta redução no porcentual de óbitos por Covid-19 no Paraná de pessoas com idades a partir de 70 anos no primeiro quadrimestre de 2021, de surtos da doença nas instituições de longa permanência para idosos (ILPIs) e da porcentagem das pessoas idosas hospitalizadas devido a infecção pelo novo coronavírus.
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Na análise, foram comparados dados dos boletins epidemiológicos da própria Sesa do dia 20 de janeiro, data em que foi iniciada a campanha de vacinação contra a Covid-19 na maior parte do estado, e de 9 de maio, quando a maioria da população paranaense com mais de 70 anos já havia recebido a segunda dose do imunizante. Até esta semana, mais de 80% das pessoas nessa faixa etária completaram o ciclo de vacinação.
Segundo a Sesa, em janeiro as pessoas com 60 anos ou mais representavam 76,48% dos óbitos por Covid-19 no Paraná; no início de maio, o índice caiu para 71,82%. Em todas as faixas etárias a partir dos 70 anos, houve redução de mortes em pontos porcentuais: de 0,79 na faixa dos 70 aos 74 anos; 1,88 dos 75 aos 79 anos; 2,64 dos 80 aos 84 anos; 2,62 entre 85 e 89 anos; e de 2,3 entre os idosos com mais de 90 anos.
A secretaria aponta que as demais faixas etárias apresentaram aumento das mortes, mas como o cronograma de vacinação começou pelos mais velhos, observa-se uma curva menos acentuada conforme recua a idade da população: a alta foi de 0,34 ponto percentual entre as pessoas com idades entre 65 e 69 anos, de 1,53 entre 60 e 64 anos e de 8,28 na população com até 60 anos.
No mesmo período, a média de idade das pessoas que foram a óbito no Paraná passou de 68,99 anos para 66,91. Em janeiro, 51,66% das pessoas internadas devido à Covid-19 no estado tinham mais de 60 anos. Em 9 de maio, essa participação havia sido reduzida para 50,01%. No primeiro mês do ano, o Paraná havia registrado cem surtos da doença em ILPIs, número que caiu para 42 cerca de três meses e meio depois.
Maria Goretti David Lopes, diretora de atenção e vigilância em saúde da Sesa, pondera que a vacinação contra a Covid-19 tem peso decisivo nos números, mas ações prioritárias para proteção da parcela idosa da população vêm desde março de 2020.
“Desde o início da pandemia, foram desenvolvidas muitas atividades em relação ao cuidado da saúde da população idosa do Paraná. Começamos rastreando todos os idosos residentes em instituições de longa permanência e também os trabalhadores nessas instituições para monitorar casos suspeitos e confirmados e principalmente evitar surtos nesses locais. Depois, [ocorreu] a vacinação desses idosos para proteger contra pneumonia”, argumenta.
“Agora, finalizando a vacinação contra a Covid-19, nós temos que ainda pedir, orientar a nossa população idosa para que mantenha o distanciamento físico, continue usando a máscara, mantenha a higienização das mãos com frequência, enfim, todos os cuidados para evitar a infecção pelo coronavírus”, explica a diretora. “Nós precisamos ampliar a cobertura vacinal no estado do Paraná para que possamos depois flexibilizar essas medidas. Então, todo cuidado é pouco, a pandemia não acabou e o grupo da população idosa no Paraná continua sendo o prioritário para as medidas e as políticas públicas no nosso estado.”
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