As chuvas intermitentes que têm atingido o Paraná estão prejudicando a agricultura, em especial a lavoura de trigo. O produto está em fase de colheita e cerca de 12% das lavouras estão em condições ruins, de acordo com o último boletim de safra, divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura, nesta quinta-feira (20). O boletim anterior, do dia 13, mostrava que 7% das lavouras estavam afetadas.
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Com o mau tempo, o produto não pode ser colhido. Para garantir qualidade, o ideal é que o trigo seja colhido seco. Além disso, o excesso de umidade no solo impede a entrada das colheitadeiras nas áreas de lavouras.
Até agora, apenas 54% da área plantada foram colhidos. No ano passado, nessa mesma época do ano, a colheita já avançava para 78%. “Nos próximos cinco dias deve haver uma recuperação dessa defasagem, já que há previsão de tempo seco e os produtores devem aproveitar para agilizar a colheita”, informa o engenheiro agrônomo do Deral, Carlos Hugo Godinho.
Segundo ele, o excesso de umidade pode resultar em perda de produção e de qualidade do trigo. “Podemos ter uma safra mais restrita em produtos que atendam as finalidades mais nobres da indústria de panificação e de massas”, observa. Essa situação pode impactar financeiramente os produtores, já que a remuneração pelo produto de qualidade inferior é menor.
O Paraná tem 1,18 milhão de hectares plantados com trigo e a previsão é colher 3,8 milhões de toneladas nesta safra. O estado é o segundo maior produtor nacional, ficando atrás do Rio Grande do Sul. São basicamente os dois estados que produzem todo o trigo nacional.
Apesar de ser o segundo em produção, o Paraná é o líder em parque moageiro, concentrando a maior parte das indústrias do setor de todo o país. Por isso, o trigo produzido aqui é, em grande parte, usado pelas próprias indústrias paranaenses. O trigo do Paraná também abastece as indústrias do estado de São Paulo.
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