Presidente da Alep, Ademar Traiano (PSD), confessou ter recebido propina em um Acordo de Não Persecução Penal firmado com o Ministério Público do Paraná (MP-PR) e homologado pelo Tribunaj de Justiça do Paraná (TJPR).| Foto: Orlando Kissner / Alep
Ouça este conteúdo

A Federação da Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap) emitiu uma nota nesta quinta-feira (21) na qual critica o escândalo de corrupção envolvendo o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), deputado Ademar Traiano (PSD). A entidade pede que este episódio, classificado como “lamentável”, seja solucionado o mais rápido possível.

CARREGANDO :)

Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp

O texto, assinado pelo presidente da Faciap, o empresário Fernando Moraes, não cita o nome de Traiano, mas reforça que “a descoberta de práticas corruptas dentro da instituição feriu não apenas a credibilidade de parlamentares, mas a confiança que o povo deposita nos seus representantes”.

Publicidade

Em Acordo de Não Persecução Penal (ANPP) - firmado com o Ministério Público do Paraná e homologado pelo Poder Judiciário – o presidente da Alep confessou a negociação e o recebimento de propina de R$ 100 mil do empresário Vicente Malucelli para renovação do contrato de serviços da TV Assembleia, em 2015. Nesta semana, uma série de reportagens da RPC TV e do G1 revelou diálogos gravados por Vicente Malucelli e vídeos da delação do empresário e de depoimentos de outras testemunhas. O caso segue sob sigilo na Justiça.

A nota da Faciap afirma que “essas práticas representam um golpe contra a imagem dessa instituição respeitável e contra os parlamentares que trabalham com ética e transparência em suas ações”.

Ao reforçar que desvios de conduta que manchem a reputação da Alep não podem ser tolerados, a Faciap pede uma ação urgente no sentido de restaurar “a integridade, a imagem e a confiança perdidas”.

“É preciso solucionar urgentemente este lamentável episódio, tomar todas as medidas necessárias para que a Casa do Povo volte a focar no desenvolvimento do Estado e no atendimento a todos os paranaenses”, conclui a nota.

OAB pediu a renúncia de Traiano do cargo de deputado estadual

A Seção Paraná da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-PR), também em nota, foi explícita ao pedir que Traiano não só renunciasse à liderança da Mesa Diretora da Alep, mas que abrisse mão do cargo de deputado estadual “diante da divulgação de mais elementos que evidenciam a obtenção de vantagem indevida por parte do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná”.

Publicidade

No posicionamento público, a OAB afirma que também enviou ofício a Traiano, com o mesmo pedido de renúncia. “Tal medida visa salvaguardar a dignidade e o decoro do Poder Legislativo paranaense, fundamental para a manutenção da ordem democrática e da confiança pública nas instituições”, diz a nota.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]