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Rio Siemens, que abastece cidades da região Sudoeste no Paraná, praticamente seco.
Rio Siemens, que abastece cidades da região Sudoeste no Paraná, praticamente seco.| Foto: Sanepar

A crise hídrica causada pela pior estiagem na história se estende pelo Paraná, com a implantação de rodízio no abastecimento de água a partir de segunda-feira (30) em nove cidades. Na região Oeste são três municípios: Cascavel, Medianeira e Três Barras do Paraná. Na região Oeste, outras seis cidades serão atingidas pelo rodízio: Capanema, Planalto, Salgado Filho, Pranchita, Dois Vizinhos e Nova Prata do Iguaçu.

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Segundo a Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), cada cidade vai definir como será o rodízio, de acordo suas características. A empresa deve divulgar no fim da tarde desta sexta-feira (27) como será o rodízio nos nove municípios.

O abastecimento de água em Curitiba e região metropolitana está no rodízio da Sanepar desde março. Começou com um dia sem água por quatro com água e em agosto, com o agravamento da seca, o rodízio passou a ser de 36 horas com água e 36 horas sem água.

De acordo com o Monitor da Seca, 62% do território paranaense está sob forte estiagem, o que levou o governador Ratinho Jr a ir pessoalmente a Brasília no começo do mês solicitar investimentos do governo federal para obras que possam aliviar a crise hídrica.

No Oeste do Paraná, a vazão dos rios Cascavavel, Peroba, Saltinho e São José, todos em Cascavel, estão com menos da metade de seu volume de água. O Rio Alegria, em Medianeira, a vazão reduziu 40%. Enquanto que o Rio Trigolândia, que abastece Três Barras do Paraná, teve a queda mais acentuada e praticamente secou, com 90% de redução no volume de água.

No Sudoeste, os rios perderam de 70% a 90% do volume de água. Entre eles, o Rio Siemens, que abastece Capanema e Planalto, o Rio Jirau Alto, que fornece água para Dois Vizinhos, e o Rio Tamanduá, em Salgado Filho, que praticamente secou.

“O rodízio é necessário para garantir que todas as áreas das cidades recebam água”, explica a gerente-geral Sudoeste da Sanepar, Rita Camana, à Agência Estadual de Notícias. Ela também fez um apelo para que a população não desperdice água, evitando banhos longos, lavar o carro e calçada e que todos fechem a torneira na hora de escovar os dentes, entre outras ações individuais. “Este é o momento de todos darem sua parcela de contribuição e ajudarem as cidades a passarem por essa crise hídrica com o menor impacto possível no abastecimento.”

Alívio em Curitiba e RMC

A chuva até aqui em novembro trouxe um alívio para Curitiba e região metropolitana. O acumulado elevou o nível dos quatro reservatórios que abastecem a região para 30,07%, o que permite por pelo menos dois meses que a Sanepar não adote um rodízio ainda mais severo no abastecimento.

Se os reservatórios de Curitiba e região metropolitana baterem em 25%, automaticamente a Sanepar adotará rodízio de 48 horas sem água e 24 horas com água. Para voltar à normalidade, o sistema precisa voltar a pelo menos 60% de sua capacidade de reservatório de água. Por isso, a Sanepar pede a população que reduza o consumo de água em 20% para ajudar a manter o abastecimento.

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