O Paraná tem nessa terça-feira (25) a maior taxa de transmissão da Covid-19 do Brasil. Segundo dados da ferramenta independente loft.science o índice chamado Rt do estado está em 1,14, com possibilidade de chegar a 1,19 se considerada a margem de erro do levantamento. Na prática, um grupo de 100 paranaenses tem potencial para transmitir a doença para outras 119 pessoas, o que é um forte indicativo de que a pandemia está em aceleração.
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Outras ferramentas, como o Farol Covid, também mostram o Paraná em situação grave em relação à disseminação do novo coronavírus. O índice Rt calculado para o estado é de 1,10 – seria o equivalente a afirmar que 100 pessoas poderiam contaminar outras 110 –, mas segundo o Farol Covid a situação pode ser ainda mais grave. Pelos cálculos deles, o estado pode estar passando por uma taxa de subnotificação de 78%, o que significa que de cada 10 pessoas infectadas 8 não estão sendo diagnosticadas.
A fila de espera por leitos para tratamento de Covid no Paraná vem mostrando números alarmantes. Desde o último sábado o estado contabiliza mais de mil pessoas com suspeita ou confirmação de Covid aguardando por um leito, de enfermaria ou UTI, para o tratamento da doença. Os dados mais recentes da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) mostram que nesta terça-feira havia 1.098 paranaenses esperando pela internação.
Ainda de acordo com a Sesa a taxa atual de ocupação de leitos de UTI no Paraná está em 96%, com 1.845 leitos ocupados em 1.916 disponíveis. Desde fevereiro o estado vem habilitando novas acomodações nas unidades de terapia intensiva, mas o ritmo das internações seguiu crescendo na mesma proporção desde então.
Os números foram classificados pelo diretor de Gestão em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, como “assustadores”. Rafael Deucher, presidente da Sociedade de Terapia Intensiva do Paraná (Sotipa), lamentou a realidade pela qual está passando a saúde do Paraná. “Novamente nós temos pacientes intubados fora das Unidades de Terapia Intensiva, em pronto-socorro ou em uma UPA aguardando transferência. Isso já virou realidade novamente”, disse em entrevista à RPC.
Colapso do sistema
A situação do sistema público de Saúde está próxima do colapso em várias regiões do estado. A ocupação de leitos de UTI SUS exclusivos para o tratamento da Covid-19 atingiu 100% em Ponta Grossa, Guarapuava, Maringá e Londrina. Em Curitiba, onde uma nova bandeira vermelha deve ser anunciada na próxima quarta-feira, apenas 22 dos 525 leitos de UTI SUS exclusivos para o tratamento da doença estão disponíveis - uma taxa de ocupação de 96%.
Em Foz do Iguaçu as unidades de Saúde estão tomando medidas para tentar evitar a superlotação. O Hospital Municipal conta com 70 leitos de UTI exclusivos para o tratamento da Covid-19, e todos estavam ocupados nesta terça-feira. Segundo informações da RPC a unidade abriu um pronto-socorro respiratório com capacidade de atendimento para mais 10 pacientes, mas na manhã desta terça-feira havia 13 pessoas internadas nesta unidade. Outros 17 leitos de UTI foram montados de forma emergencial em uma UPA do município – destes, apenas 2 estavam disponíveis.
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