O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem (DER), Fernando Furiatti, anunciou à imprensa no final da tarde desta quarta-feira (9) que o órgão declarou a caducidade do contrato com a BR Travessias, responsável pelo transporte marítimo na Baía de Guaratuba desde abril do ano passado. Na sequência, ele revelou que foi firmado um contrato emergencial, de 6 meses, com a empresa Internacional Marítima, do Maranhão. Furiatti destacou que a nova empresa tem quase 30 anos de experiência e opera linhas como Salvador e Ilha de Itaparica.
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A nova empresa já assume a partir desta quinta-feira (10), com a mesma tarifa praticada hoje (R$ 8,90). De acordo com Furiatti, os serviços não devem ser interrompidos no ferry boat de Guaratuba. “Será uma transição tranquila. A nova empresa sinalizou que vai buscar os funcionários que já estão lá, que já conhecem a travessia, e vai buscar mais funcionários. É uma empresa que tem 1.700 marinheiros. Então ela tem capacidade de operar neste momento”, acredita Furiatti. “Em um primeiro momento, ela vai operar com os três ferry boats que já são do Estado. Mas ela já tem mais uma balsa disponível e vai atrás de outras balsas na sequência”, acrescenta ele.
À imprensa, o diretor-geral do DER também voltou a falar que a solução definitiva é a construção da ponte, na linha do que vem argumentando o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD). O Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) para a obra está em andamento e deve ser concluído em 2022. A partir daí, o governo estadual planeja executar a obra por meio do Regime Diferenciado de Contratações (RDC), para acelerar o trâmite.
O encerramento do contrato com a BR Travessias, segundo o DER, foi motivado pelo não cumprimento de cláusulas: “A condição da travessia dos veículos vinha sendo alvo de questionamentos e ajustes por parte do Estado desde o início do contrato. Neste ano, no entanto, a operação começou a apresentar problemas mais graves, como o afundamento de um atracadouro”.
Inicialmente, a BR Travessias atuaria por 10 anos. Agora, paralelamente ao contrato emergencial com a Internacional Marítima, o DER fará uma nova licitação para o ferry boat. “O contrato emergencial serve para que tenhamos tempo de elaborar uma nova licitação, uma nova modelagem e para colocarmos na praça uma concessionária operando definitivamente na Baía de Guaratuba”, disse Furiatti.
Em nota encaminhada à imprensa, a BR Travessias afirmou que "lamenta todos os transtornos acarretados aos usuários" e que "fez investimentos e lutou bravamente para operar em condições desfavoráveis, já que tanto as estruturas dos portos, como a própria sede da concessão, e os equipamentos (três ferry boats) recebidos, apresentavam avançado estado de deterioração que denotavam, no mínimo, uma década sem manutenção".
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