A noite de sábado (27) foi de muito trabalho para os fiscais e a Polícia Militar (PM) de todo o Paraná no cumprimento do novo decreto estadual seguido por boa parte dos municípios para conter o novo avanço da pandemia. Entre as medidas estão toque de recolher e proibição da venda e consumo de bebidas alcoólicas das 20h às 5h do dia seguinte e proibição de abertura do comércio não essencial na tentativa de evitar o colapso do sistema de saúde, cuja ocupação de UTI no estado bateu em 94% sábado.
Em Curitiba, a prefeitura aplicou na noite de sábado mais R$ 370 mil em multas de descumprimento da lei municipal 15.799/2021, que prevê sanções de até R$ 150 mil a quem descumpre medidas preventivas da Covid-19. Em Foz do Iguaçu, a prefeitura encerrou dois bailes funk: um com 76 pessoas e outro com 50 pessoas. Em Guarapuava, a PM teve que agir em uma festa rave com 70 pessoas.
Na capital, uma tabacaria no bairro São Francisco tomou cinco multas no total de R$ 165 mil. Foram de R$ 50 mil por vender bebida alcoólica sob a determinação de fechamento dos bares, R$ 50 mil por não impedir aglomeração, R$ 50 mil por uso de narguilé, R$ 10 mil por não disponibilizar álcool gel e R$ 5 mil por desenvolver atividade fora do horário permitido.
As outras multas pesadas foram para uma tabacaria na CIC, que totalizou R$ 150 mil. Foram R$ 50 mil pela atividade de bar, R$ 50 mil por não impedir aglomeração e R$ 50 mil por uso de narguilé. Além disso, uma pessoa que não usava máscara foi multada em R$ 550.
No bairro Tingui, uma pizzaria foi multada em R$ 5 mil por também desenvolver atividade de bar. Outros 14 estabelecimentos denunciados pela população à Central 156 foram vistoriados, mas estavam fechados no momento da ação.
Na noite de sexta-feira (26), a Guarda Municipal já havia dispersado com balas de efeito moral aglomeração de cerca de 200 pessoas e a prender por desacato o funcionário de um bar no bairro Batel.
Interior
Em Foz do Iguaçu, no Oeste do estado, os fiscais encerraram na noite de sábado dois bailes funk. O primeiro, em uma tabacaria com 76 pessoas. O estabelecimento foi multado em R$ 9,1 mil e cada cliente tomou multa de R$ 916. O outro baile funk com 50 pessoas chegou a ser encerrado pela equipe municipal, mas todo o público conseguiu fugir sem ser autuado.
Foz do Iguaçu tem um dos cenários mais críticos da pandemia no Paraná, com 405 mortes por coronavírus. Nesta semana, o atendimento à Covid-19 da cidade chegou a colapsar, com mais pacientes do que a capacidade de atendimento, os quais foram transferidos para outras alas médicas. O quadro de emergência fez o governo do estado intervir, abrindo dez leitos de UTI no Hospital Municipal de Foz.
Já em Guarapuava, nos Campos Gerais, foi a PM que encerrou uma festa rave com 70 pessoas na área rural da cidade. Além do descumprimento das medidas sanitárias da Covid-19, com aglomeração e pessoas sem máscara, os policiais apreenderam no carro de um dos participantes 351 comprimidos de ecstasy e duas garrafas de lança-perfume.
Ao anunciar o novo decreto estadual, o governador Carlos Massa Ratinho Jr (PDS) solicitou a todos os prefeitos que utilizassem força máxima de suas Guardas Municipais para evitar aglomerações, em especial festas clandestinas. Ratinho Jr também pediu o cumprimento do toque de recolher não só para evitar a transmissão do coronavírus, mas também para diminuir as ocorrências de acidentes de trânsito e violência para liberar mais leitos para o tratamento da Covid-19.
Boa parte das cidades adotaram as medidas estaduais em seus decretos. Em Araucária, na região metropolitana de Curitiba, porém, a prefeitura só acatou o decreto estadual neste domingo (28) após dois irmãos morrerem por volta das 22h de sábado ao serem atingidos por um veículo em alta velocidade suspeito de praticar racha.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião