Embora os números permaneçam altos no Paraná, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) já registra queda, em relação há quase um mês, na quantidade de pessoas internadas no Paraná com sintomas da Covid-19 e também na quantidade de gente na fila de espera por leitos adequados para tratamento da doença. Em 22 de maio, 1.001 pessoas aguardavam na fila de leitos da rede pública – de acordo com a Sesa, nestes casos, não há falta de assistência médica, mas os pacientes ficam em unidades de saúde de pequeno porte, como uma UPA, por exemplo. Agora, em 20 de junho, são 525 pessoas na mesma fila.
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Uma queda é verificada mesmo quando se considera a ativação de leitos no período – cerca de 200 a mais –, mas a alteração no tamanho da fila chama mais atenção pela velocidade: em 31 de maio, a fila chegou a 1.250, se aproximando do recorde registrado em 16 de março, quando havia 1.357 pessoas na fila. Mas, depois, os números foram caindo, especialmente a partir de 11 de junho, quando 1.213 pessoas estavam na fila; 1.057 em 12 de junho; 1.035 em 13 de junho; 939 em 14 de junho; 889 em 15 de junho; 879 em 16 de junho; 771 em 17 de junho; 676 em 18 de junho; 539 em 19 de junho; 525 em 20 de junho.
A data de 11 de junho coincide com a expectativa gerada a partir da publicação do decreto estadual 7.716, que entrou em vigor em 28 de maio e ampliou as medidas restritivas em todo o estado – somadas a outros limites adotados também pelos municípios (em Curitiba, por exemplo, uma bandeira vermelha vigorou entre 28 de maio e 9 de junho).
Desde o início da pandemia, as administrações públicas têm trabalhado com a expectativa de 10 a 14 dias para que estratégias de isolamento social surtam efeito (10 a 14 dias é o período de incubação do vírus, em média). Assim, a expectativa do governo estadual com o decreto que entrou em vigor em 28 de maio era observar algum impacto positivo nos serviços de saúde a partir de 10 de junho.
O decreto estadual já foi prorrogado até o dia 30 de junho, mas algumas cidades optaram por não estender as restrições locais, já flexibilizando as regras. Curitiba, por exemplo, já saiu da bandeira vermelha, seguindo para bandeira laranja em 9 de junho. A situação do sistema de saúde da capital, que entrou em colapso em 26 de maio, quando não havia mais nenhuma vaga em leito de UTI para pacientes com Covid-19, começou a melhorar apenas no último sábado, 19 de junho.
Internações
Outro dado relevante para a compreensão do cenário da pandemia no Paraná tem relação com as internações de pessoas com sintomas da Covid-19, nas redes pública e particular. Após um recorde de internações observado em 8 de junho, com 6.115 pessoas ocupando leitos, o número de pacientes chegou a 5.183 neste último domingo, 20 de junho. Do total de 5.183 pessoas, 538 estão sendo atendidas pela rede particular. Ou seja, o SUS é responsável por cerca de 90% dos atendimentos.
Os números das internações, contudo, seguem em patamares elevados. No primeiro dia do ano de 2021, por exemplo, o número de internados era de 2.602. Uma explosão foi sentida entre março e abril – e em 30 de março bateu-se um recorde, com 5.754 internados. Depois, os números foram caindo, mas permaneceram altos. Até que, em 25 de maio, novo recorde: 5.758 pessoas. Na sequência, o recorde foi sendo quebrado quase diariamente, até atingir o maior número da pandemia até agora, 6.115, em 8 de junho.
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