As famosas “vazadas" se tornaram corriqueiras no município de Paranaguá (PR). Os caminhões carregados de grãos têm bicas, que são tampas traseiras para derramar a carga. Ao reduzir a velocidade, os criminosos abrem as bicas para que a carga caia na via e depois varrem, ensacam e vendem para receptores que atuam na região. O crime é caracterizado como furto qualificado e vem preocupado o setor que está diretamente ligado ao despacho da produção agrícola paranaense no porto de Paranaguá.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Desde o início do ano, somam 122 as ocorrências de furto de cargas no município litorâneo, segundo dados da Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp). Os casos acontecem, geralmente, na Avenida Ayrton Senna, trecho final da BR-277, que dá acesso ao Porto de Paranaguá a partir da confluência com o contorno da PR-408. Esses grãos saqueados são vendidos para compradores de soja.
A Federação das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná (Fetranspar) estima que, no 1° semestre, os custos com esses furtos somam R$ 739,2 mil. “Toda a sociedade acaba pagando. Mas alguém está recebendo isso. É importante que se puna os receptores. Aquele que recebe precisa ser punido”, pontua o presidente da Fetranspar, Sérgio Malucelli.
De acordo com a Fetranspar, os furtos vêm aumentando. Em 2021, foram 192 casos e, em 2022, 208. Devido aos casos recorrentes, a Fetranspar tem cobrado providências do poder público.
O presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas no Estado do Paraná (Setcepar), Silvio Kasnodzei, sinaliza que o problema é antigo, em Paranaguá. “Em uma cidade tão pequena, não conseguimos achar o receptor. Causa prejuízo na produção e afeta o país como um todo. É perda de tempo e produção. Já se tornou rotina, faz parte do dia a dia de Paranaguá. Quando não acontece, estranham”, destacou.
A Sesp informou que há ações em desenvolvimento para a resolução dos problemas no município. A pasta disse que a Polícia Militar do Paraná reforçou o policiamento da área portuária e colocou mais viaturas na região para evitar crimes de vazada. Também, as equipes da Polícia Civil do Paraná (PCPR) concentram esforços na investigação de receptação de cargas roubadas. Foi formado um grupo de trabalho composto por representantes do setor e das forças de segurança para combater novos casos de “vazadas” em Paranaguá.
O que explica o rombo histórico das estatais no governo Lula
Governo Lula corre para tentar aprovar mercado de carbono antes da COP-29
Sleeping Giants e Felipe Neto beneficiados por dinheiro americano; assista ao Sem Rodeios
Flávio Dino manda retirar livros jurídicos de circulação por conteúdo homofóbico
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião