A pandemia acelerou o processo de fusões e aquisições envolvendo empresas paranaenses. Relatório da consultoria PwC mostra que nos nove primeiros meses do ano foram 45 transações, 50% a mais do que no mesmo período de 2019. Mais da metade das operações envolveu o segmento de tecnologia da informação, uma área na qual o volume de negócios quase quadruplicou nos últimos dois anos.
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“É um retorno turbinado por questões tecnológicas”, explica Mikail Ojevan, diretor da PwC. O ritmo mais forte do que o nacional – onde as operações cresceram 12% em relação ao ano passado – fez, também, com que o Paraná recuperasse a liderança regional em volume de transações.
Felipe Argemi, CEO da Santis, uma butique de fusões e aquisições que assessorou a SulAmérica na compra da Paraná Clínicas, aponta outro fator que favorece transações envolvendo empresas paranaenses: “É um estado com uma economia dinâmica e relevante.”
O ano para as fusões e aquisições teve dois momentos, aponta o executivo da PwC: inicialmente, as empresas ficaram perdidas em relação à Covid. Mas, depois, enxergaram boas oportunidades na área tecnológica, mirando em empresas de desenvolvimento de software, meios de pagamento e startups.
Argemi destaca que a pandemia serviu para agilizar a digitalização dos negócios e acelerou processos. Assim, o uso de ferramentas de videoconferência facilitou as próprias negociações para fusões e aquisições.
O CEO da Santis lembra que, com a baixa taxa básica de juros – que está em 2% ao ano, o menor nível histórico -, as empresas também estão com um pouco mais de apetite ao risco. “Elas buscam maior eficiência na operação, conhecer novas tecnologias, adquirir mais know-how e entrar com mais facilidade em novos mercados.”
Outro fator que contribui para a manutenção desse forte volume de operações é que as empresas brasileiras estão baratas no mercado internacional por causa da forte desvalorização do real frente ao dólar neste ano. Até esta quinta, era de 24%, segundo dados do Banco Central (BC). “Este processo pode ser impulsionado com as reformas”, diz Ojevan.
Isto faz com que as expectativas sejam extremamente favoráveis. “Ainda há muitas transações que tiveram as negociações interrompidas por causa da pandemia”, destaca Argemi, da Santis.
Agronegócio em alta
Um segmento em que as oportunidades devem se expandir no médio prazo no Paraná é o agronegócio. “Esta é uma área em que há muitas sondagens, principalmente em infraestrutura, logística e agritechs. Há grandes oportunidades”, diz o executivo da PwC.
O setor, que praticamente não sentiu a crise, deve ir para a segunda safra seguida com uma colheita de mais de 40 milhões de toneladas, aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). As exportações estão em alta e, nos últimos cinco meses, a indústria alimentícia criou 5,8 mil novas oportunidades de trabalho, o que resultou em um aumento de quase 3% no número de empregados no setor, segundo o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).
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