De acordo com o Gaeco, os suspeitos aliciavam pessoas em situação de rua para abrirem as empresas de fachada.| Foto: Divulgação / Gaeco / MPPR
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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná em Londrina, lançou nesta sexta-feira (24) a segunda fase da Operação Falsa Impressão. Ao todo foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e dois de prisão temporária contra suspeitos de movimentarem mais de R$ 250 milhões por meio de notas fiscais falsas emitidas por empresas de fachada.

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Os mandados foram expedidos pela Justiça de Grandes Rios, na região central do Paraná, e foram cumpridos nas cidades de Apucarana e Medianeira. As investigações tiveram início em junho de 2023 para apurar possíveis crimes de associação criminosa para lavagem de dinheiro e falsidade ideológica.

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De acordo com o Gaeco, a Receita Federal suspeitou que um contador de Grandes Rios integraria uma organização criminosa especializada em abrir empresas de fachada. Segundo as investigações, estas empresas teriam como principal objetivo emitir notas fiscais falsas. Entre janeiro e outubro deste ano, os investigadores identificaram mais de 180 dessas empresas criadas pelos suspeitos.

Os mandados de prisão temporária foram expedidos contra dois dos suspeitos de serem os líderes da organização criminosa. Segundo os investigadores, eles seriam os responsáveis por aliciarem pessoas em situação de vulnerabilidade – alguns até em situação de rua, apontou o Gaeco – para a criação das empresas falsas.

As empresas dos “laranjas” serviriam para acobertar o transporte de mercadorias ilícitas com a emissão das notas fiscais falsas, informou o Gaeco. O contador receberia de R$ 500 a R$ 700 por empresa criada. Ao todo, as estimativas da Receita Federal dão conta de movimentações financeiras de R$ 250 milhões pelo suposto esquema criminoso.

"Da parte do Gaeco, a investigação é especificamente sobre a falsidade ideológica e a identificação dos responsáveis por aliciar ou abordar terceiros para que emprestassem nomes e documentos, permitindo que por meio do contador envolvido no esquema, para a abertura dessas empresas de forma fraudulente. Com essas empresas constituídas, houve a possibilidade de comercialização, compra e venda de mercadorias que resultou na fraude tributária", esclareceu o promotor do Gaeco em Londrina Jorge Barreto, em entrevista à RPC.

Infográficos Gazeta do Povo[Clique para ampliar]
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