O Núcleo de Ponta Grossa do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Paraná (MP-PR), cumpriu na manhã desta terça-feira (1º) um mandado de prisão preventiva e três de busca e apreensão em diligências sobre um possível crime de concussão praticado por ao menos um fiscal do Instituto Água e Terra (IAT).
Segundo as investigações, o servidor, alvo do mandado de prisão, teria exigido R$ 60 mil para renovar a licença ambiental de instalação de um loteamento na cidade de Reserva, na região dos Campos Gerais. O mesmo fiscal dizia que, com o pagamento do valor, deixaria de autuar os proprietários do terreno por suposto corte irregular de vegetação na área.
“Diante disso, a vítima procurou o MP e nós iniciamos a investigação, solicitando ao Poder Judiciário a expedição dos mandados que estão sendo cumpridos na manhã de hoje”, conta o promotor Antônio Juliano Albanez, coordenador do Gaeco em Ponta Grossa.
Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara Criminal de Reserva e cumpridos em residências de dois servidores do IAT e na sede do escritório regional do órgão em Ponta Grossa.
Segundo o MP, o pedido de renovação da licença foi protocolado no IAT em outubro de 2019, mas permaneceu sem andamento até o mês de julho deste ano, quando foi feita a exigência da vantagem indevida, o que levou as vítimas a fazerem a denúncia. “Com a prisão de um dos envolvidos e as apreensões, buscamos aprofundar os elementos de prova e, na sequência, oferecer uma denúncia criminal contra esse servidor público e também contra eventuais outras pessoas que possam ter participação no crime”, diz Albanez.
Procurado pela reportagem, o IAT informou que está colaborando com todas as informações e está tomando medidas administrativas para o afastamento do servidor que foi preso preventivamente. Confira a nota do órgão na íntegra:
O Instituto Água e Terra informa que recebeu o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) na regional de Ponta Grossa nessa terça-feira (01) para busca e apreensão de documentos para averiguar irregularidades em processos envolvendo um servidor, o qual está sob prisão preventiva para investigação do caso.
O órgão está colaborando com todas as informações e está tomando as medidas administrativas para afastamento do servidor.
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