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Beto Preto
Beto Preto| Foto: AEN

O governo do Paraná prevê vacinar (ao menos com a primeira dose) 80% da população em geral acima de 18 anos contra a Covid-19 até o dia 31 de agosto. O anúncio foi feito pelo secretário estadual da Saúde, Beto Preto, nesta quinta-feira (24). Recentemente, o governo estadual já havia anunciado a meta de vacinar toda a população adulta (primeira dose, pelo menos) até final de setembro - e tal previsão segue mantida.

De acordo com Beto Preto, o novo anúncio considera a estimativa de doses que ainda chegarão ao Paraná, com base na média de lotes semanais enviados ao estado até aqui pelo Ministério da Saúde. Além disso, ele enfatizou que, com o término da vacinação do grupo prioritário, muda a estratégia de distribuição das doses entre as cidades.

“É um momento histórico, porque após o término dos grupos prioritários, colocaremos de forma proporcional e isonômica, a distribuição das vacinas para a população de 18 a 59 anos, fazendo com que a população em geral possa receber ao menos a primeira dose de forma mais rápida e efetiva”, disse o secretário, de acordo com a Agência Estadual de Notícias (AEN), órgão oficial de comunicação do governo do Paraná.

A decisão foi pactuada na 3ª Reunião Ordinária da Comissão Intergestores Bipartite do Paraná (CIB/PR) nesta quarta-feira (23), com a participação do Conselho de Secretários Municipais de Saúde (Cosems).

Embate

No último dia 16, o prefeito de Curitiba, Rafael Greca (DEM), alegou que a capital estava sendo “injustiçada” na distribuição de doses e encaminhou um ofício ao governo estadual cobrando um reequilíbrio. Na ocasião, Greca chegou a divulgar um levantamento próprio que apontava que 191 cidades do Paraná tinham recebido mais doses do que Curitiba, proporcionalmente às respectivas populações. Beto Preto rebateu na sequência, explicando que o cálculo levava em consideração o tamanho dos grupos prioritários, diferentes em cada cidade.

Até final de maio e início de junho, o Paraná vacinava apenas as pessoas que integravam os grupos prioritários. Depois disso, de forma concomitante às pessoas do grupo prioritário, a população em geral também passou a ser chamada, apenas pelo critério da idade, dos mais velhos para os mais novos. Agora, a vacinação do grupo prioritário já está em sua etapa final.

Cidades do Paraná que tinham algum grupo prioritário grande acabaram avançando mais rápido na campanha de imunização até aqui. Foi o caso, por exemplo, de Paranaguá, e seu público de trabalhadores portuários, que integram o grupo prioritário. Em Guaraqueçaba, havia um grande grupo prioritário, o dos ribeirinhos. Em Nova Laranjeiras, os indígenas, grupo prioritário expressivo também na cidade de Mangueirinha.

“Quando começamos com a vacinação dos indígenas em Mangueirinha conseguimos uma arrancada espetacular nos números, porque temos aproximadamente 2 mil indígenas entre 17 mil habitantes, e agora a tendência é de diminuir na faixa etária”, explicou o presidente do Cosems e secretário municipal de Saúde de Mangueirinha, Ivo Leonarchik.

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