O governo do Paraná emitiu alerta para que todas as prefeituras do estado monitorem seus estoques de oxigênio com o avanço acelerado da pandemia de coronavírus. A notificação foi feita quarta-feira (3), mesmo dia em que o secretário estadual de Saúde, Beto Preto, afirmou que a rede hospitalar do estado está entrando em colapso, o que abriu mais uma corrida pela ativação de leitos. Alguns hospitais já não estão mais recebendo pacientes por estarem superlotados.
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“Enviamos ofício para todos os municípios para que alinhem suas expectativas de acordo com a sua realidade de distribuição nas estruturas de saúde que utilizam oxigênio e que estejam preparadas para o atendimento com aumento de demanda”, disse Beto Preto à Agência Estadual de Notícias.
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), no fim de semana algumas cidades registraram problemas logísticos no fornecimento de oxigênio a pacientes com Covid-19, que acabaram resolvidos sem maiores problemas. Para evitar que essas situações se repitam e, pior, que se chegue a situações crônicas, como em Manaus, cujo sistema de saúde colapsou em janeiro justamente por falta de oxigênio, a orientação da Sesa é de que as prefeituras reavaliem seus contratos de fornecimento para que não sejam surpreendidas. “Temos orientado os municípios para que fiquem vigilantes neste sentido”, enfatiza o secretário de Saúde.
Fornecedores garantiram capacidade de fornecer O2
Quarta-feira, o secretário de Saúde enfatizou que o estado adotou o decreto restritivo com vigência até 8 de março, o qual determina, entre outras medidas, o fechamento do comércio não essencial, exatamente porque o sistema de saúde do Paraná está perto de entrar em colapso. No mesmo dia, o diretor-geral da Sesa, Nestor Werner Jr, participou de reunião com fornecedores de oxigênio, que garantiram ter capacidade para manter o abastecimento neste avanço acelerado do coronavírus.
Até agora, a Sesa afirma que não houve falta de oxigênio para atender os pacientes. Porém, em entrevista ao jornal Bom Dia Paraná, da RPC, quarta-feira (3), o gestor em Saúde da Sesa, Vinícius Filipak, afirmou que se o quadro continuar piorando há possibilidade de faltar o insumo. “Todos esses pacientes de Covid-19 consomem medicamentos, oxigênio, e poderá haver falta de capacidade de produção das indústrias”, alertou Filipak.
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