O senador Sergio Moro (União Brasil) desabafou no plenário na tarde desta segunda-feira (25)sobre a investigação instaurada pela corregedoria do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra ele. Enquanto juiz da Operação Lava Jato, Moro devolveu R$ 2,1 bilhões à Petrobras.
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Para ele, o CNJ não tem sequer competência para investigar um senador da República. Moro acredita que a instauração é fruto de revanchismo do governo Lula (PT). "O CNJ pode investigar o Judiciário. Pois bem, não sou mais juiz. Eu carreguei a toga com muito orgulho e cumpri meu papel como juiz na Operação Lava Jato. É ainda mais surreal quando percebo que tudo tem a ver com o fato de ter feito meu trabalho dignamente", enfatizou.
Moro discursou ainda que deve ser "fato inédito no mundo um juiz ser investigado por devolver o dinheiro roubado à vítima". Ele atribui a decisão à revanche instigada pelo atual governo federal. "Tiramos o dinheiro dos bandidos e devolvemos a quem foi roubado. Simples assim. Usar isso como objeto para mover essa ação é a clara demonstração de um governo de revanchismo, movido a rancor", acrescentou.
O ex-juiz alerta para a necessidade de se frear atitudes como essa. De acordo com ele, é possível saber como movimentos autoritários começam, mas não como terminam. "É sempre perigoso conviver com atos desse nível. Você até sabe os primeiros impactos, mas como saber de que forma essa situação vai terminar? Recuperar dinheiro roubado por bandidos e devolver à vítima só é crime no governo Lula", disse Moro.
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