Toda a rede estadual de ensino do Paraná terá um desafio extra no retorno às aulas presenciais em 18 de fevereiro de 2021: evitar o contágio da Covid-19 fora da escola, para que o coronavírus não siga o caminho contrário, de casa para a escola. Anunciada terça-feira (15) pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), a volta dos estudantes seguirá protocolo da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa) nas unidades de ensino com reforço de orientações preventivas na própria grade curricular.
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Dentro das escolas, estudantes, professores e funcionários terão que obrigatoriamente usar máscara em todas as dependências da escola, não só na sala de aula. Além disso, será disponibilizado álcool em gel para higiene das mãos e cada sala de aula terá ocupação de apenas 50% da sua capacidade. Também será monitorado o distanciamento mínimo de 1,5 metro entre os estudantes para evitar aglomerações.
Porém, conforme já apontou para a Gazeta do Povo no começo de dezembro o médico infectologista pediátrico Victor Horácio de Souza Costa Jr, vice-diretor técnico do Hospital Pequeno Príncipe, o grande desafio da volta às aulas será o comportamento não só dos alunos, mas de toda a comunidade escolar e dos pais fora das escolas.
Para evitar que o vírus entre nas escolas, a Secretaria Estadual de Educação (Seed) está formatando junto com a Sesa programa para reforçar as orientações preventivas na comunidade escolar. O programa Educar para Prevenir, que será implantando junto com o retorno dos alunos, pretende disseminar a prevenção da Covid-19 nas próprias aulas.
“Para impedir que o vírus entre na escola, a Seed vai levar orientações de prevenção e cuidados para a grade escolar dos alunos no conteúdo de Ciências do Ensino Fundamental e de Biologia do Ensino Médio”, informa em nota a Secretaria de Educação. “Naturalmente, os colégios também vão reforçar as orientações para que os estudantes evitem aglomerações fora do ambiente escolar”, completa a nota da Seed.
Quem volta às escolas
Segundo o secretário estadual de Educação, Renato Feder, a prioridade do retorno presencial às escolas será dos alunos que não têm acesso á internet para assistir às aulas remotas. A volta presencial, porém, não será obrigatória: as famílias decidirão se mandam ou não o aluno para a escola.
Os alunos que não puderem ir à escola e que também não têm acesso à internet, que segundo a Seed representam 5% do total, poderão pegar material impresso para estudar em casa.
As aulas serão de forma híbrida, com o mesmo conteúdo ministrado pelos professores presencialmente sendo transmitido ao vivo pela internet. Para isso, a Seed já tem orçado R$ 70 milhões para adquirir equipamentos, como microfones e câmaras, que permitam a transmissão dos conteúdos de cada sala de aula.
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