Um grupo de professores invadiu a sede da Secretaria Estadual de Educação (Seed), no bairro Água Verde, em Curitiba, na manhã desta sexta-feira (30). Liderado pela APP-Sindicato, que representa os professores da rede estadual, o grupo ocupou o corredor que dá acesso ao gabinete do secretário Renato Feder. Também participam do protesto estudantes e funcionários das escolas estaduais.
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O protesto tem duas motivações principais. Um deles é a publicação do edital para contratação de 4 mil professores pelo Processo Seletivo Simplificado (PSS) que neste ano prevê prova durante a pandemia de coronavírus. “Esse edital, além de ferir o objetivo deste momento de pandemia de preservar vidas, vai deixar muitos professores PSS desempregados em dezembro”, disse o presidente da APP-Sindicato, Hermes Leão, em live no Facebok durante o protesto. A APP-Sindicato cobra que seja mantido o processo anterior. Os servidores também criticaram o gasto de R$ 3,5 milhões sem licitação para a elaboração do PSS - motivo que levou a APP a entrar com representação contra o governo no Tribunal de Contas (TCE-PR).
O outro ponto de crítica do sindicato é o processo de implantação do sistema cívico-militar em 215 escolas do estado. Termina nesta sexta-feira a votação das comunidades escolares para saber se adotam ou não o sistema.
Segundo Leão, o grupo invadiu a Seed porque o secretário Renato Feder teria se negado a atendê-los. Após a invasão, o grupo foi recebido pelo diretor da Seed, Gláucio Dias. Em nota, a Secretaria de Educação diz que já havia conversado com os professores sobre a mudança no PSS e, por isso, “estranha a radicalização por parte dos mesmos”.
Veja nota completa da Seed sobre a invasão:
“A Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (Seed) vem mantendo ao longo do ano diálogo cordial e transparente com os representantes sindicais dos professores. A Seed estranha a radicalização por parte dos mesmos. Sobre as críticas feitas pela entidade, vale destacar que a Seed já havia conversado com os representantes dos professores sobre o processo seletivo simplificado e acatou algumas demandas propostas. Sobre a implantação dos Colégios Cívicos, todas as informações sobre o projeto que implementou a consulta pública foram repassadas para a sociedade, em especial na discussão do tema na Assembleia Legislativa do Paraná”.
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