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Jorge Guaranho foi demitido do cargo de agente penal federal após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).
Jorge Guaranho foi demitido do cargo de agente penal federal após um Processo Administrativo Disciplinar (PAD).| Foto: Reprodução / Instagram / Arquivo pessoal

O ex-policial penal Jorge Guaranho, réu por homicídio duplamente qualificado contra o ex-tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu Marcelo Arruda, deve sair do Complexo Médico Penal (CMP) de Pinhais nesta sexta-feira (13). Atendendo a um pedido feito pela defesa, a 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) autorizou que Guaranho cumpra prisão domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica.

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Guaranho estava preso preventivamente no CMP de Pinhais desde agosto de 2022. A defesa já havia feito outros pedidos de habeas corpus, negados pela Justiça. Um deles foi em abril de 2024, quando o réu quebrou o braço na cadeia pública de Foz do Iguaçu. Ele teria ficado 12 horas esperando atendimento médico – o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) confirmou a ocorrência, mas negou que houve espera tão longa.

Outro pedido de habeas corpus foi feito pela defesa de Guaranho em maio deste ano. De acordo com a banca de advogados, ele não estaria recebendo cuidados médicos adequados no ambiente carcerário. Porém, para o desembargador substituto Sergio Luiz Patitucci, do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná (TJPR), não se verificou a ocorrência de ilegalidade que justifique a revogação.

Para defesa, habeas corpus reconhece urgência no tratamento de Guaranho

Agora, o pedido de habeas corpus foi atendido pela Primeira Câmara Criminal do TJPR. Com a autorização concedida, Guaranho poderá voltar para casa para receber o tratamento de saúde necessário. Em nota, a defesa do ex-policial penal explicou que o habeas corpus é um reconhecimento da urgência no atendimento médico a Guaranho.

“[Ele] agora poderá realizar o devido tratamento em sua residência, acompanhado por seus familiares, enquanto segue monitorado eletronicamente. Tal medida visa preservar sua integridade física, assegurando ao mesmo tempo que ele continue à disposição da justiça”, completa a nota.

A defesa ainda aguarda a emissão do alvará de soltura, o que é esperado para a tarde desta sexta-feira.

Daniel Godoy, advogado da assistência de acusação, classificou a decisão pelo habeas corpus como controversa. Segundo ele, a concessão do benefício contraria um parecer emitido pelo Ministério Público. Em manifestação encaminhada à Gazeta do Povo, ele disse que a forma como o desembargador se referiu a Marcelo Arruda na decisão "comporta um posicionamento mais firme que será estudado junto à defesa e à família da vítima".

Julgamento de Guaranho foi adiado e transferido

Além do habeas corpus, a defesa de Guaranho havia conseguido o desaforamento do júri popular. Inicialmente, o julgamento estava marcado para Foz do Iguaçu, mas os advogados de Guaranho, sob a alegação de que os jurados convocados poderiam atuar de forma parcial, pediram a mudança para Curitiba.

Antes disso, o júri popular estava marcado para dezembro de 2023. Alegando cerceamento, a defesa pediu para que a sessão fosse adiada. Em nova oportunidade, no dia 4 de abril de 2024, o julgamento chegou a ter início, mas os advogados abandonaram o plenário após terem outros pedidos negados pelo juiz.

Após o abandono, o júri foi remarcado para 2 de maio, mas no fim de abril foi concedido o desaforamento de Foz do Iguaçu para Curitiba. É esperado que o julgamento seja iniciado em 11 de fevereiro de 2025, com possibilidade de se estender por vários dias.

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