Guaratuba terá lockdown “pra valer” de 77 horas; nem delivery poderá funcionar

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A cidade de Guaratuba, no Litoral do Paraná, terá um lockdown de 77 horas, a partir da zero hora desta sexta-feira (19), até as cinco da manhã de segunda-feira (22). Somente farmácias, segurança privada, táxis e transporte por aplicativo poderão funcionar durante o período, sendo proibido até mesmo o serviço de entregas de mercadorias ou alimentos.

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A circulação de pessoas nas ruas também está proibida durante a vigência da decisão, sendo permitida somente em casos de urgência e emergência, ou em função da prestação dos poucos serviços autorizados a funcionar. A medida foi anunciada nesta terça-feira (16) pelo prefeito Roberto Justus (DEM) e formalizada apor meio do decreto nº 23.786.

"Nesse momento nós precisamos tomar coragem e fazer tudo aquilo que está ao nosso alcance”, afirmou o prefeito, em vídeo postado nas redes sociais da prefeitura no qual diz que "é um lockdown pra valer". Segundo Justus, nos últimos 30 dias, Guaratuba contabilizou 48 mortes em decorrência da Covid-19, contra 30 mortes registradas pela doença ao longo de todo o ano de 2020.

É um lockdown pra valer mesmo. Vamos fechar inclusive serviços essenciais, permitindo apenas atividades de segurança privada; de táxi e transporte por aplicativo; e o comércio de medicamentos; mais nada

Roberto Justus (DEM), prefeito de Guaratuba

"Lamento muito todos os óbitos, o sofrimento de todas as famílias desesperadas por uma vaga em leitos. Lamento muito os prejuízos econômicos que nós estamos sofrendo, lamento muito a falta de vacinas na quantidade que nós poderíamos ter", disse o prefeito, ao anunciar as novas medidas.

Além das duras restrições anunciadas para a sexta-feira, já estão em vigor barreiras sanitárias que restringem a entrada na cidade a moradores e prestadores de serviços essenciais, bem como a proibição de acesso às praias, rios, jardins públicos e à Avenida Atlântica.

O decreto publicado nesta terça recomenda também que todos os estabelecimentos comerciais, prestadores de serviços, entidades religiosas, instituições de ensino público e privado e demais grupos de atividades que estão autorizados a funcionar até quinta-feira suspendam as atividades presenciais o quanto antes, dando preferência à formas remotas de atendimento e a utilização de delivery ou retirada no balcão, até que entre em vigor a restrição mais rígida.