Um estudante de Psicologia de 26 anos foi preso preventivamente nesta quarta-feira (9) em Foz do Iguaçu (PR), suspeito de praticar mais de 300 atos de abuso sexual e estupro contra crianças e adolescentes.
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O caso foi desvendado a partir de uma investigação realizada pelas polícias Civil do Paraná (PCPR) e Federal (PF), que afirmam ter utilizado técnicas de apuração cibernéticas. A partir de tecnologia avançada foram identificados e localizados mais de 1,7 mil arquivos relacionados à pornografia infantil. “Mais de 350 (destes materiais) foram produzidos pelo homem, enquanto cometia atos de estupro de vulnerável”, informou a polícia. Ele vinha armazenando os arquivos há pelo menos sete anos.
Segundo a polícia, entre os crimes que o jovem teria praticado estão estupro de vulnerável, estupro de vulnerável virtual, produção, armazenamento e compartilhamento de pornografia infantil e aliciamento de criança para a prática de atos libidinosos.
O suspeito utilizava, de acordo com a investigação, inúmeros perfis falsos na internet, por onde aliciava crianças e adolescentes, principalmente a partir de jogos virtuais.
“Por videochamadas, ele obrigava as vítimas a cometerem atos sexuais sozinhas e com objetos. Tudo era gravado, inclusive mostrando o rosto do abusador e suas reações”, descreveu a polícia, ao afirmar que também houve registro de abuso físico presencial.
A polícia descreveu o suspeito como um indivíduo de alta periculosidade e acredita, com base nas investigações, que o conhecimento adquirido durante a formação acadêmica em Psicologia tenha auxiliado para induzir, cooptar e aliciar as vítimas.
Polícia pede que pais monitorem acessos na internet
A orientação reforçada pela polícia, durante publicidade ao caso nesta quarta-feira, foi para que os pais façam um monitoramento constante da ação dos filhos na internet, observando sites de acesso, redes sociais, conversas e imagens armazenadas em celulares, computadores e tablets.
“Acaba sendo um crime silencioso porque os filhos ficam entretidos por horas nos celulares, às vezes os pais pensam que é apenas uma distração e não imaginam que, do outro lado, há uma pessoa se passando por uma criança, como foi neste caso (para aliciar). Essas crianças estão numa situação muito frágil”, destacou a delegada-chefe da Divisão de Polícia Especializada da PCPR, Luciana Novaes.
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