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Hospital de Clínicas de Curitiba.
Hospital de Clínicas de Curitiba.| Foto: Cassiano Rosario/Gazeta do Povo

O Hospital de Clínicas (HC) de Curitiba é mais uma unidade de saúde obrigada a realocar equipes médicas e de enfermagem de outras enfermidades para atender pacientes com Covid-19 diante da sobrecarga que já leva o sistema ao colapso. Maior hospital do Paraná, terça-feira (16) o HC alcançou 98% de ocupação dos leitos de pacientes com coronavírus.

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Nos últimos dias, o HC vem treinando equipes de outras alas para atuarem no tratamento da Covid-19, inclusive em leitos de UTI. A direção do hospital segue a tendência do sistema de saúde no geral, que está obrigado a reforçar o atendimento à Covid-19 com profissionais de outras áreas.

Em Curitiba, a prefeitura convocou todos os servidores da Secretaria Municipal de Saúde para ajudar no atendimento da pandemia. A Casa Irmã Dulce, por exemplo, unidade destinada exclusivamente ao tratamento psiquiátrico, não só virou unidade de tratamento de Covid-19 como teve todas as equipes requisitadas para ajudar na pandemia.

“Os pacientes psiquiátricos foram transferidos de local sábado à noite e agora a Casa se encontra lotada de pacientes Covid. Estamos tentando abrir mais espaços para o tratamento do coronavírus, mas nossa dificuldade no momento é de recursos humanos”, explica a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak.

A secretária diz também que, com a suspensão no atendimento nas unidades de saúde para justamente reforçar o atendimento na pandemia, dentistas do sistema municipal estão ajudando no atendimento da vacinação no pavilhão do Parque Barigui e na central de atendimento da Covid-19 para liberar mais médicos e enfermeiros para a linha de frente.

“Esse pessoal ajuda a fazer cadastro, receber o paciente, em atividades de apoio, relatórios. Também pus todo o pessoal na minha central da Covid-19 na linha de frente. Tive que reforçar as UPAs porque viraram hospitais, com isso, tive que reforçar todas as escalas não só das UPAs, mas também das outras unidades de saúde”, aponta Márcia.

“Toda parte da coordenação de programa parou, inclusive aqui do prédio da secretaria, e foi aplicar vacina para liberar o profissional que estava vacinando para atuar em plantão em UPA ou reforçar as equipes de atendimento à população”, complementa.  Segundo a secretária de Saúde de Curitiba, a prefeitura pode requisitar ainda mais servidores se a situação continuar se agravando.

Outros leitos

A Covid-19 segue avançando para leitos de outras enfermidades em todo o Paraná. Terça-feira, 640 pacientes adultos e dez pediátricos contaminados pelo coronavírus ocupavam leitos destinados a outras doenças no estado.

“A gente tenta evitar isso ao máximo porque é uma situação de risco para outras patologias, cujos pacientes podem passar a ter prejuízo se a gente for obrigado a direcionar todos os leitos da rede para uma doença só, que é a Covid”, afirma o gestor da Secretaria Estadual de Saúde do Paraná (Sesa), o médico Vinícius Filipak, em entrevista à Gazeta do Povo semana passada.

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