Hospital Evangélico Mackenzie em Curitiba.| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo/ Arquivo
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O Banco de Multitecidos do Hospital Evangélico Mackenzie em Curitiba fez no início de dezembro a primeira captação de ossos após autorização da Central Nacional de Transplantes. Com o início desse procedimento, o hospital passa a retirar, processar e armazenar quatro tecidos humanos para transplante: ossos, coração, olhos e pele. Os tecidos captados pelo Evangélico são fornecidos para a Central de Transplantes do Paraná.

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A estrutura do banco foi transferida em março da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) para o Evangélico após dois anos sem funcionamento. Com isso, Curitiba voltou a ser a única cidade do Brasil com uma central de transplante multitecidos. Em abril, o banco voltou a captar olhos e coração. Os tecidos cutâneos já eram captados pelo Evangélico, referência nacional no tratamento de queimaduras.

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A captação de ossos foi feita pelos médicos Gabriel Bonato Riffel e Rodolfo Galera com a equipe interna do Banco de Multitecidos, coordenada pelo pelo médico Fernando Martins Rosa. “Com a captação de tecidos músculo-esqueléticos fechamos um importante ciclo como único banco de multitecidos humanos do Brasil”, aponta o diretor do banco, o médico Leon Grupenmacher.

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O diretor explica que a vantagem de ter captação de quatro tecidos na mesma estrutura permite o melhor processamento dos órgãos coletados. "A correta retirada e processamento destes tecidos, além do armazenamento adequado, são fatores que garantem o bom resultado de um transplante", enfatiza Grupenmacher.

No caso de tecidos cardíacos, o banco do Evangélico é o único a captar válvulas, fornecendo o material humano para s transplantes em todo Brasil.

Capacitação de cirurgiões

No meio do ano, o Hospital Universitário Evangélico Mackenzie fez a primeira capacitação de remoção e processamento de órgãos para cirurgiões de diferentes hospitais. Os órgãos captados por esses médicos são encaminhados para o banco do Evangélico.

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O Paraná lidera as doações de órgãos no país. Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), no primeiro semestre de 2021 o estado atingiu a marca de 33 doações por milhão de habitantes, mais do que o dobro da média nacinonal de 13,7 doações por milhão de habitantes.