O setor de alimentos é o que mais gera emprego no Paraná na área industrial. Intensivas em mão de obra, as indústrias do setor alimentício têm contribuído para manter as taxas de desocupação abaixo da média paranaense e nacional. É o caso das regiões Oeste, Centro-Sul e Noroeste paranaenses.
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Dados do IBGE do segundo trimestre de 2022 mostram que, enquanto o desemprego, na média do Paraná, foi de 6,1% e no Brasil de 9%, nas regiões paranaenses do Oeste ficou em 4,9%, no Noroeste em 4,6% e no Centro-Sul em 3,6%.
“São regiões onde as agroindústrias voltadas à produção de alimentos são muito fortes”, observa Júlio Suzuki, diretor do Centro de Pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social do Paraná (Ipardes).
Ele destaca a indústria de carnes e lácteos. “O processamento de carnes, especialmente suínos e frangos, e os laticínios são muito representativos e são segmentos que demandam muita mão de obra”, analisa.
O pesquisador observa que o destaque para a indústria de alimentos no Paraná se deve à vocação natural do Estado. “Está relacionado diretamente à atividade agrícola, somos vocacionados para isso. Produzimos a matéria-prima aqui, o que justifica ter um parque industrial para a transformação desses produtos”, diz.
Dados do Ministério do Trabalho, de 2020, mostram que a indústria de alimentos respondeu por 211.746 empregos dos 638.675 gerados por toda a indústria de transformação do Paraná, ou seja, cerca de um terço.
Cooperativas se destacam na oferta de emprego no Paraná
Parte importante das indústrias alimentícias do Estado são cooperativas, que aliam a produção da matéria-prima com a industrialização. Um exemplo é a Cooperativa Frimesa, de Medianeira, no oeste paranaense. Uma das maiores do setor de suínos e lácteos, a cooperativa contratou 900 novos colaboradores desde o ano passado. “Foram 700 para o novo turno de produção implantado no sábado e 200 para iniciar a composição do quadro de colaboradores da nova unidade que será inaugurada em dezembro, em Assis Chateubriand”, informa Elisa Fredo, gerente de gestão de pessoas. Segundo ela, a nova unidade vai demandar mais 1.600 trabalhadores - todos vivem na região. A cooperativa emprega um total de 9.611 colaboradores.
Outra cooperativa do Oeste com indústria de alimentos forte e grande empregadora de mão de obra é a Copacol. Com sede em Cafelândia, a cooperativa mantém duas unidades de produção de peixes e duas de aves. “Em 2021, contratamos 7.510 pessoas e, esse ano, de janeiro até agora mais 5.907 colaboradores”, informa Júlio Cézar de Melo, supervisor de gestão de pessoas da Copacol. No total, a cooperativa emprega 16 mil trabalhadores.
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