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Indústria paranaense
Empresários das indústrias do Paraná estão otimistas com o próximo ano.| Foto: Gelson Bampi/Fiep

Depois de um ano marcado pela pandemia do novo coronavírus, a indústria paranaense aposta suas fichas em um 2021 bem melhor. Uma sondagem feita pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) com 271 empresas, mostra que 68,4% delas estão otimistas ou muito otimistas e projetam um crescimento nas vendas.

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Os empresários justificam o otimismo com uma expectativa de aumento das vendas de seus produtos, sinalizado por 71% deles. Já 40% apostam em abertura de novos mercados, 34% devem fazer novos investimentos, 33% devem incorporar novos modelos de negócios e 31% acreditam num controle da pandemia do coronavírus no país.

Mas o otimismo é menor do que o verificado no ano passado, quando 79% se diziam otimistas com 2020. "O dado sinaliza uma preocupação, mas também que o empresário acredita que a economia e, principalmente sua atividade, estão em uma trajetória de recuperação", destaca o presidente da Fiep, Carlos Valter Martins Pedro.

Plano de investimentos da indústria paranaense

Quase sete em cada dez empresas têm planos de investimento, objetivando um reposicionamento no mercado. E a principal origem do capital são recursos próprios. “É um comportamento que se repete sistematicamente devido à dificuldade de acesso ao crédito”, diz Marília de Souza, gerente do Observatório da Fiep.

O levantamento também detectou que as empresas pretendem diminuir o financiamento em bancos e aumentar a procura de recursos junto a cooperativas de crédito e fintechs. E apostam também em linhas de crédito governamentais.

As principais estratégias, segundo a Fiep, são o desenvolvimento de novos negócios e a incorporação de novos produtos. A intenção é a de se preparar para uma etapa de expansão e consolidação de mercado.

As empresas também pretendem intensificar cuidados com a higiene no ambiente de trabalho, como reflexo da Covid-19; incorporar novas tecnologias, para se adequar a novos modelos de produção e adaptar-se a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e à logística reversa, duas importantes mudanças no ambiente industrial.

Outro legado que a Covid deixou é a redução no número de viagens a trabalho e a participação em grandes eventos.

Comércio exterior fora dos planos da maioria

O comércio exterior não está no plano da maioria das empresas industriais, 59,5% das empresas que participaram da sondagem não pretendem importar. A alternativa deles é adquirir insumos, matérias-primas, máquinas, equipamentos e serviços de tecnologia no Brasil.

Mais de dois terços das empresas não pretende realizar exportações, porque pretendem focar no mercado interno e desconhecem o mercado externo.

Entre os respondentes, apenas 32% afirmaram ter a intenção de exportar em 2021. Para os que estão de olho nas oportunidades fora do Brasil, a cotação favorável do dólar e a possibilidade de ampliação de mercado são bons motivadores.

“A atividade de comércio exterior é uma boa oportunidade e deve sempre estar no radar dos empreendedores. Mas ela demanda competitividade, conhecimento do mercado-alvo e estratégia clara por parte das empresas”, recomenda Evânio Felippe, economista da Fiep.

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