A inflação acima de 5% é a maior preocupação de empresários do Sul do Brasil. Preocupa mais que a instabilidade política, uma nova onda de Covid e a variação cambial. É o que aponta recente pesquisa divulgada pela Deloitte, líder global em prestação de serviços nas áreas de auditoria, assessoria financeira e consultoria tributária.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Dos empresários entrevistados na região Sul, 69% apontaram a inflação acima dos 5% como o maior temor. Seguida do processo eleitoral (64%), da instabilidade política (61%), da alta dos juros (51%), a desvalorização do real (46%), uma nova onda de Covid-19 (43%), riscos fiscais (41%) e alta volatilidade na bolsa e no câmbio (39%).
Quando perguntados sobre o que esperam do governo esse ano, apontaram a reforma tributária (92%), investimentos em educação (82%) e o controle da inflação abaixo dos 5% (79%).
A pesquisa retrata que 47% das organizações participantes da região Sul acreditam no crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro em 2022, em uma variação de 0,5% para mais de 2%.
“As empresas da Região Sul se mostram, mais uma vez, confiantes sobre o cenário econômico da região. Apesar da preocupação com as variações econômicas e com os rumos relacionados às eleições esse ano, os números apontam que os empresários se mantêm firmes no investimento de contratação e qualificação de pessoas, tanto quanto na aquisição de novas tecnologias. A cautela na tomada de decisões permite às empresas investirem em melhorias e continuarem progredindo as metas dos anos anteriores.”, destaca Antonio Morais, líder de mercado para a região Sul da Deloitte Brasil.
Expectativa é por aumento de vendas
A pesquisa revelou que 28% das empresas sulistas esperam um crescimento de vendas acima de 20% em 2022 e apenas 7% acreditam em uma queda. A média da taxa de crescimento de vendas esperadas pelos empresários da região Sul é de 11%, uma das maiores em comparação com as demais regiões que participaram da pesquisa.
A ampliação de pontos de vendas foi apontada por 49% dos entrevistados como uma das principais ações estratégicas para o ano. 68% dos respondentes informaram que pretendem ampliar o quadro de funcionários. 18% pretendem mantém o número, mas com algumas substituições e 12% pretendem manter, sem alterações, o quadro atual. Apenas 2% declararam que pretendem diminuir o número de profissionais.
Entre os que pretendem reduzir ou substituir, independentemente do cenário, as razões mais indicadas foram a substituição por pessoa mais qualificadas e a redução de custos (ambas apontadas por 46%), a robotização ou automação de processos (36%) e a diminuição da demanda (27%).
Prioridade é formar e treinar funcionários
Para 93% dos empresários do Sul, os investimentos prioritários serão em treinamento e formação de funcionários, mas eles mostraram, ainda, que continuam seguindo o foco em tecnologias digitais e infraestrutura, pois também apontaram o lançamento de produtos/serviços (92%), a ampliação de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) – para 76% –, e as parcerias com startups (68%) como prioridades em 2022.
Os investimentos em qualificação tecnológica se destacam e são prioridade para 9 em cada 10 respondentes. Serão direcionados a aplicativos, sistemas e ferramentas de gestão (98%), segurança digital (96%), infraestrutura (95%), gestão de dados e atendimento ao consumidor, (93%), canais de venda (91%) e customer marketing (89%);
Investimentos em Pesquisa de Desenvolvimento serão feito por 87% dos empresários entrevistados. 70% deles pretendem focar em pesquisa aplicada, 57% no desenvolvimento experimental, 32% em tecnologia industrial básica e 20% em pesquisa básica dirigida.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
A gestão pública, um pouco menos engessada
Projeto petista para criminalizar “fake news” é similar à Lei de Imprensa da ditadura
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná
Deixe sua opinião