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Clube do Malte
Financiamento coletivo atraiu 642 investidores que juntos investiram R$ 1,5 milhão| Foto: Gabriele Bonat/Gazeta do Povo

O desejo de criar uma comunidade de apaixonados por cerveja fez Douglas Salvador fundar o Clube do Malte, em 2009, loja física em Curitiba (PR), que se expandiu para o universo digital em uma plataforma que já vendeu mais de 4,6 milhões de cervejas para todo o Brasil.  

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Com mais de 10 mil sócios, a empresa é considera uma das maiores plataformas digitais de cervejas artesanais e especiais do país.  “Nunca mais conseguimos sair do meio on-line. Houve um crescimento e consolidamos no digital", resume Salvador, CEO do Clube do Malte, com associados, principalmente, nas capitais São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.

A ideia do fundador é levar experiências diferentes para quem aprecia uma boa cerveja artesanal. Todos os meses, a empresa desenvolve cervejas, com marcas parceiras, exclusivas para os assinantes desfrutarem de um série de aromas e sensações da bebida.

“A gente sempre fica pensando em temas que podem educar os clientes. O tema tem relação com uma experiência e uma forma de educação. Não é só comodidade de receber a caixa, mas é uma experiência e um aprendizado”, explica.

Além do clube de assinantes, a empresa desenvolveu um e-commerce com cervejarias de diferentes regiões do Brasil e com metade do estoque de cervejas importadas. Desde 2013, o e-commerce já atendeu mais de 2.800 cidades e foram vendidas mais de 4,6 milhões de cervejas. Neste ano, a empresa investiu em um aplicativo próprio que vai permitir vendas corporativas para pequenos e médios varejistas.

Em 2018, o Clube do Malte realizou uma oferta pública via crowdfunding, ou seja, financiamento coletivo. A iniciativa atraiu 642 investidores que juntos investiram R$ 1,5 milhão.  No ano seguinte, o empreendimento também adquiriu uma das concorrentes no ramo, a Beer, da Wine.

Curitiba é a terceira cidade “mais cervejeiro” do Brasil

O setor cervejeiro movimenta mais de 2% do PIB nacional e gera mais de 2 milhões de empregos diretos e indiretos, segundo o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja.

Outro grande investimento no setor paranaense é a maltaria Campos Gerais, com início das operações previstas em 2024 com capacidade para produzir até 240 mil toneladas de malte por ano, o que corresponde a 14% do mercado brasileiro.

O Sul e Sudeste são as regiões do país com maior concentração de estabelecimentos e de registros de cervejas. Quase 92% dos produtos nacionais são originários dessas duas regiões.

Segundo dados do Anuário da Cerveja 2022, no Brasil existem 1.729 cervejarias. O Paraná ocupa a quinta colocação, com 161 estabelecimentos. Em primeiro lugar está São Paulo [387], em seguida aparecem Rio Grande do Sul [310], Minas Gerais [222] e Santa Catarina [215].

Somente em Curitiba, há 26 cervejarias, ocupando o terceiro lugar entre as cidades com mais cervejarias do Brasil. Em primeiro lugar está São Paulo [59] e, em segundo, Porto Alegre [42]. A capital paranaense também está em quarto lugar em maior número de produtos registrado com 1.168 cervejas.  

“O Brasil está fazendo cervejas IPAs maravilhosas. Muitas delas são melhores do que produtos importados. A cerveja IPA é um produto recomendado para consumir fresco e tem substâncias específicas”, destaca o CEO do Clube do Malte, Douglas Salvador .

O presidente do Sindibebidas (Sindicato da Indústria de Bebidas do Estado do Paraná.), Anuar Abdul Tarabai, também ressalta o protagonismo do Paraná e da capital Curitiba na produção nacional. “O Paraná se destaca por ter cervejarias inovadoras e é um dos estados mais premiados em concursos nacionais e internacionais de cerveja”, comenta.

Para ele, o setor de cervejas é marcado pela inovação e criatividade no mercado. “Já nasceu inovando e trazendo estilos que nunca foram comercializados, criando festivais e festas cervejeiras. Inovou na forma de comercialização, seja em um pub, bar de fábrica ou clube de assinaturas. A inovação no meio é necessária devido ao mercado disputado e agressivo”, avalia.

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