
A partir da inteligência artificial, óculos estão mudando a vida de 147 estudantes com cegueira total matriculados na rede estadual do Paraná. Eles estão recebendo um dispositivo tecnológico com saída de áudio e câmera que capta imagens e transcreve por áudio para pessoas com deficiência visual. Segundo o secretário paranaense de Inovação, Marcelo Rangel, por conta da repercussão do projeto, os estados de Santa Catarina e Rio de Janeiro querem replicar a iniciativa.
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O investimento do projeto é de R$ 2,19 milhões, com cada unidade ao custo de R$ 14,9 mil. Em torno de 65 estudantes já receberam o “Óculos Amigo”, nome escolhido para o dispositivo. Apucarana, Guarapuava, Irati, Prudentópolis, Londrina, Matinhos, Guaratuba, Foz do Iguaçu e Cascavel foram alguns dos municípios em que os óculos tecnológicos foram entregues. “Está mudando a realidade e a vida dos estudantes. É inclusão pura. Trazer esse menino e essa menina para um contexto em que eles conseguem ter acesso à informação de forma prática. Os óculos conseguem ler qualquer texto”, afirmou o secretário estadual da Educação, Roni Miranda.
O projeto faz parte de um dos escopos da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) do Paraná. Com dispositivos tecnológicos, o objetivo é levar inclusão e inovação para os estudantes com deficiência. O secretário Rangel pontou que os óculos estão melhorando a qualidade de vida e a independência dos alunos. “Esses óculos são extremamente completos, pois funcionam offline. Onde a criança estiver, ela pode usar. A criança pode cadastrar até 150 rostos. [O dispositivo] identifica as pessoas através da inteligência artificial”, disse o secretário.
O dispositivo OrCam MyEye 2.0 consegue ler textos, reconhecer rostos e até identificar produtos e dinheiro. O objeto, fabricado em Israel, é equipado com saída de áudio e câmera que capta as imagens e transcreve em texto, por meio da inteligência artificial, e sem precisar se conectar a internet. Outra função do dispositivo é a distinção de cores. “As crianças cegas nos relatam muito sobre a distinção de cores. Os relatos mais emocionantes foram de crianças que contam que, agora, colocam as roupas e sabem as cores das roupas”, disse Rangel.
Equipes da Secretaria da Inovação, Modernização e Transformação Digital (SEI) estão percorrendo o Paraná para entregar o dispositivo para crianças e adolescentes, como também fazer o treinamento sobre o uso. Os recursos para realizar o programa são do Fundo Estadual da Infância e Adolescência, deliberados pelo Conselho Estadual da Criança e Adolescente.
Paraná desenvolve outros projetos de inclusão
À Gazeta do Povo, o secretário da Inovação do Paraná afirmou que o governo estadual planeja apresentar outros projetos que visam a inclusão social. “Estamos em teste com um computador que transforma tudo da tela em braile. Faz com que os cegos naveguem na internet e sintam nos dedos o que está na tela”, explicou.
É uma tecnologia importada da Coreia do Sul que chamou a atenção do governador do Paraná, Ratinho Junior (PSD). Rangel disse também que, até o fim do ano, mais salas sensoriais para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA) serão instaladas no estado.
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