Anunciado na última semana, o investimento de R$ 228 milhões que a Itaipu Binacional pretende fazer em obras na BR-487, a Estrada da Boidadeira, no Noroeste do Paraná, faz parte uma nova política da empresa, que tem buscado realocar recursos para viabilizar apoio à infraestrutura regional. O movimento integra um plano estratégico adotado no início do ano passado, quando o General Joaquim Silva e Luna assumiu a direção geral do lado brasileiro da usina.
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Até agora, R$ 1,2 bilhão já foi reservado para investimentos em obras estruturantes previstas para serem entregues nos próximos dois anos. O maior projeto, que receberá um total de R$ 463 milhões da empresa, é a construção da Ponte da Integração, segunda ligação entre Foz do Iguaçu e o Paraguai, que deve ser concluída em 2022. Até agora, 42% da obra já foi executada, segundo a Itaipu.
Outra ação em fase avançada é a ampliação da pista do Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu, uma obra de R$ 55,5 milhões, que, atualmente com 60% dos trabalhos executados, deve ser entregue em 2021.
A lista inclui ainda a duplicação da Rodovia das Cataratas (BR-469), em Foz do Iguaçu, um investimento de R$ 139,4 milhões; obras na BR-277 no acesso à Ponte da Integração, que receberão R$ 139,2 milhões; a duplicação do Contorno Oeste de Cascavel (BR-163), que demandará R$ 101,5 milhões; a implantação do Contorno de Guaíra, ao custo de R$ 65,1 milhões; e obras no Hospital Costa Cavalcanti, em Foz, que devem custar R$ 64,7 milhões.
Silva e Luna lembra que, além da geração de energia com responsabilidade social e ambiental, o desenvolvimento regional está na missão da usina binacional. Para atacar essa frente, segundo o general, foi necessária uma realocação do orçamento. “Antes de entrarmos nessas obras, tivemos de fazer uma reestruturação de toda a empresa”, diz. “Não porque estava errada, mas porque era o momento de iniciar a caminhada para um outro patamar.”
Em 2023, a usina termina de pagar a dívida proveniente do financiamento para sua construção. Até lá, o orçamento da empresa não prevê sobra de receita, e sua operação é baseada nos custos de exploração, que envolvem o pagamento de royalties para 347 municípios de seis estados da federação, e da dívida. Há mais de dez anos sem aumentar a tarifa da energia que produz, a decisão por investir pesado em obras de infraestrutura precisava passar necessariamente por uma redução de despesas.
Uma das primeiras medidas foi centralizar em Foz do Iguaçu todas as atividades da Itaipu, que até então mantinha um escritório de representação em Curitiba. Só o aluguel do prédio na capital paranaense tinha um custo mensal de R$ 208 mil. “Havia ainda muita despesa com diárias e passagens aéreas, perdia-se em tempo, governança e comunicação”, explica o diretor.
Áreas que tinham unidades em Foz e em Curitiba, como tesouraria, compras, recursos humanos e serviços gerais, foram unificadas na sede da usina. Na própria diretoria geral, cinco superintendências e duas divisões foram extintas.
Outra parte do corte de custos foi obtida por meio da revisão de projetos, convênios, ações e patrocínios. “O principal critério foi verificar se havia aderência à missão da Itaipu. Se não havia, cancelamos; se havia, verificamos se podíamos reduzir o escopo.” Com isso, apenas no primeiro ano de gestão foram economizados R$ 600 milhões, sem afetar despesas de custeio e mantendo o plano investimentos, como na atualização tecnológica da usina. “E sem aumentar a tarifa de energia.”
Segundo a empresa, novos investimentos devem ser anunciados em breve. Além das obras de maior impacto logístico, fazem parte dos projetos financiados pela Itaipu a construção do Mercado Municipal de Foz do Iguaçu, a revitalização do Centro Náutico e do Porto Internacional de Guaíra, a construção de fingers no Aeroporto de Cascavel e a construção de um parque linear na mesma cidade, entre outros.
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