O sonho de criança que olha para as estrelas, para a infinitude do céu e começa a querer viajar para a Lua virou a realidade da estudante de 22 anos Andressa Ojeda. Natural de Loanda (PR), a jovem estuda Engenharia Aeroespacial na Embry-Riddle Aeronautical University, Daytona Beach, na Flórida, e participa de um projeto que quer levar wi-fi para a Lua.
“Esse sonho veio como coisa de criança. Quem nunca quis ser astronauta? Eu olhava para as estrelas e pensava que queria conhecer mais sobre e explorar”, conta ela, que perdeu a mãe aos 9 anos. “Quando alguém falace, falam que eles viram estrelas e eu ficava com isso na cabeça”. Assim que completou 11 anos, Andressa pediu para o pai comprar livros científicos sobre física quântica. “Mesmo que eu não entendesse muito bem, comecei a me interessar pelo assunto”, diz.
No ensino médio, Andressa conseguiu uma bolsa de estudos para ficar um ano em Connecticut, nos Estados Unidos. “Tive oportunidade de participar de competições regionais de robótica, fazer estágio com uma astrofísica de Harvard, trabalhei com foguetes de alta proporção e fiz um treinamento da Nasa”. E então decidiu que era isso que queria.
Jovem paranaense foi aceita em cinco universidades dos EUA
A experiência do intercâmbio nos Estados Unidos fez a jovem paranaense descobrir que queria levar a sério a ideia de ser astronauta. Inscreveu-se para universidades americanas e foi aceita em cinco delas, no curso de engenharia aeroespacial. “Agora estou no 3° ano na Embry-Riddle Aeronautical University, Daytona Beach, na Florida”.
Nos três anos de graduação, Andressa Ojeda participou de projetos e treinamentos. Foi chamada para falar na ONU, em Dubai, sobre mulheres no setor espacial. “Fiz voos microgravidades com cientistas da Nasa, fiz treinamento para voos suborbitais, que chegam no espaço e depois voltam à Terra. Não cheguei a voar ainda, mas fiz esse treinamento”, relata.
A estudante também fez estágio no Cern, maior laboratório de física do mundo, localizado na Suíça, e que tem o maior acelerador de partículas. Ela foi a primeira brasileira a estagiar no laboratório suíço. E, agora, ela participa de um projeto que está desenvolvendo um satélite que será enviado à Lua. “Quando estiver dentro do módulo lunar e, quando estiver para pousar, esse satélite vai tirar uma foto em terceira pessoa do módulo lunar pousando. É uma coisa que nunca foi feita antes no espaço”.
O projeto quer levar wi-fi para transmissão de dados no espaço, iniciativa até agora inédita. “Também é o primeiro projeto de estudantes universitários que será enviado para a Lua”.
Objetivo da estudante é ser astronauta
A estudante de engenharia aeroespacial Andressa Ojeda quer "terminar a faculdade, fazer mestrado, ganhar experiência na indústria, trabalhando no setor aeroespacial, e depois aplicar para ser astronauta”.
“Nasci em uma cidade do interior e poderia pensar ‘minha vida vai ser aqui’, mas o que me ajudou foi o intercâmbio e saber que o mundo é muito maior que minha cidade”, destaca.
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