A Justiça do Trabalho determinou, nesta sexta-feira (28), que funcionários da C. Vale fossem liberados do expediente para comparecer ao velório e enterro dos colegas de trabalho, que morreram após explosão na C.Vale, em um armazém de estocagem de grãos no município de Palotina, no oeste do Paraná, na tarde da última quarta-feira (26). O velório coletivo dos sete haitianos e do brasileiro ocorrem em locais diferentes.
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Segundo o MPT-PR, autor do pedido à Justiça, a cooperativa não teria liberado os profissionais para acompanhar os atos fúnebres. A cooperativa negou e respondeu, em nota, que os colaboradores foram liberados e um Comitê de Gerenciamento de Crise, com cerca de 200 profissionais, acompanham as operações de resgate e serviços de suporte aos familiares e vítimas da explosão.
"As ações incluem o acompanhamento hospitalar, apoio aos familiares, disponibilidade de transporte aos parentes de vítimas que se encontram internadas em hospitais de outros municípios, apoio e contato com serviço público de assistência social e disponibilização de médicos e enfermeiros", afirma a cooperativa. Confira no final da matéria a nota na íntegra.
Pela decisão judicial, “cada funcionário poderá ser liberado para participar dos velórios pelo período mínimo de duas horas, bem como, de forma integral, do sepultamento das vítimas”.
Segundo a decisão, assinada juiz substituto Alexandre Augusto Campana Pinheiro, da Vara de Assis Chateaubriand, que “ao atender a determinação, a cooperativa poderá manter o funcionamento mínimo da cadeia produtiva, visando evitar eventuais perdas de produtos, observando a devida segurança de seus funcionários, bem como a possibilidade de todos participarem dos eventos mencionados acima”.
No caso de descumprimento, a cooperativa pode ser multada no valor de R$ 20 mil por funcionário impedido de participar do velório e do sepultamento, completa a decisão.
Oito mortos, 11 feridos e um desaparecido
A explosão na C.Vale atingiu quatro armazéns com capacidade para estocagem de 110 mil toneladas de grãos, foi registrada por volta das 17h da última quarta-feira deixando oito mortos e 11 feridos, nove deles em estado gravíssimo, principalmente com queimaduras severas pelo corpo.
Um trabalhador, que também é de origem haitiana, segue sendo procurado pelos socorristas após o soterramento. Segundo os bombeiros, um cão farejador teria indicado o local onde está o funcionário, área com aprox dez mil toneladas de milho.
Os oito trabalhadores serão sepultados ainda nesta sexta-feira (28).
Nota da C.Vale
A C.Vale informa que está prestando apoio integral às famílias das vítimas da explosão dos silos ocorrida em 26 de julho. As ações incluem o acompanhamento hospitalar, apoio aos familiares, disponibilidade de transporte aos parentes de vítimas que se encontram internadas em hospitais de outros municípios, apoio e contato com serviço público de assistência social e disponibilização de médicos e enfermeiros.
A cooperativa também liberou do trabalho os colaboradores que quiserem participar dos velórios, questão que está sendo acompanhada pelo Ministério Público do Trabalho e pelo Poder Judiciário. Mais de 200 profissionais coordenados por um Comitê de Gerenciamento de Crise estão envolvidos nas operações de resgate e apoio aos familiares e vítimas da explosão.
Por fim, a C.Vale informa que tem diversas unidades espalhadas por todo Brasil, sendo que as atividades continuam funcionando normalmente, com exceção da unidade atingida.
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