O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli aceitou o pedido de extensão para nulidade dos atos do ex-juiz Sergio Moro (União-PR) contra dois réus da ação penal proveniente da operação Integração no Paraná, que apurou desvios de recursos para pagamentos de propinas na antiga concessão de pedágio estadual. A operação foi um desdobramento da Lava Jato e chegou a prender o ex-governador Beto Richa (PSDB) em 2018.
Receba as principais notícias do Paraná pelo WhatsApp
Em dezembro do ano passado, Toffoli anulou os atos das operações Rádio Patrulha, Piloto, Integração e Quadro Negro, pelos integrantes da força-tarefa da Lava Jato, atendendo a petição de Richa, que considerou que o tucano foi vítima de um “conluio processual”.
Assim, outros investigados entraram com o pedido de extensão para nulidade dos demais processos relacionados a operação no Paraná, entre eles, a ex-primeira dama Fernanda Richa.
Na última terça-feira (5), Toffoli deferiu o pedido do ex-diretor-presidente da concessionária Caminhos do Paraná José Juliao Terbai Junior e do ex-administrador da empresa, Ruy Sergio Giublin. O ministro do STF declarou a “nulidade absoluta” de todos os atos da operação Integração, realizados pelos membros da força-tarefa da Lava Jato, e anulou as decisões do ex-juiz Sergio Moro, em desfavor dos dois investigados ainda que na fase pré-processual. Terbai e Giublin foram presos temporariamente na 55ª fase da Lava Jato no final de setembro de 2018.
A nulidade deve se estender para os demais alvos da operação Integração, que resultou no oferecimento de duas denúncias, divididas entre os chamados núcleos empresarial e político. O advogado de defesa do ex-diretor da Associação Brasileira de Concessões Rodoviárias no Paraná (ABCR-PR) João Chiminazzo Neto e da ex-secretária Beatriz Luciana Ferreira Assini entrou com pedido de extensão no STF. Chiminazzo teve a prisão preventiva decretada durante a 55ª fase da Lava Jato.
Entre as concessionárias investigadas, a Triunfo Econorte também entrou com pedido e aguarda a análise de Toffoli. A petição também inclui a extensão de nulidade em benefício do ex-diretor financeiro da concessionária Sandro Antonio de Lima.
O advogado do ex-funcionário do Departamento de Estradas e Rodagem do Paraná (DER-PR), Antônio Carlos Cabral de Queiroz, também entrou com uma petição no STF. Ele ainda trabalhou na Agepar – a agência reguladora do estado, responsável pelos contratos de concessões do antigo Anel de Integração. Os empresários José Maria Ribas Muller e Rafael Ribeiro dos Santos Gluck também podem ser beneficiados pela extensão da nulidade dos processos oriundos da Lava Jato após análise de Toffoli.
Moraes eleva confusão de papéis ao ápice em investigação sobre suposto golpe
Indiciamento de Bolsonaro é novo teste para a democracia
Países da Europa estão se preparando para lidar com eventual avanço de Putin sobre o continente
Ataque de Israel em Beirute deixa ao menos 11 mortos; líder do Hezbollah era alvo
Segurança pública: estados firmaram quase R$ 1 bi em contratos sem licitação
Franquia paranaense planeja faturar R$ 777 milhões em 2024
De café a salão de beleza, Curitiba se torna celeiro de franquias no Brasil
Eduardo Requião é alvo de operação por suspeita de fraudes em contratos da Portos do Paraná