O Paraná foi o responsável pela maior parcela de venda de itens apreendidos de traficantes e leiloados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. Foram R$ 2,9 milhões arrecadados nos últimos seis meses e que vão retornar ao estado para o enfrentamento do contrabando. Mais de 200 itens como carros, caminhões e motos foram vendidos, ao todo, em cinco leilões que aconteceram somente no estado.
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Realizados pela Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas do Ministério da Justiça e Segurança Pública (Senad/MJSP), os leilões acontecem desde outubro de 2019. Já foram feitas 26 edições em nove estados (PR, RS, SC, SP, MG, RJ, MT, ES e TO), sendo 12 só na região Sul e cinco no Paraná. Os bens oriundos do tráfico de drogas vão a leilão a partir do momento em que o juiz do processo autoriza a sua alienação, e é a partir daí que a Senad entra em cena, retirando os bens de depósitos e fazendo com que sejam vendidos.
Antes da pandemia causada pelo coronavírus, alguns leilões foram realizados presencialmente, nos estados participantes, e outros de forma on-line. Porém, já no período de isolamento social, os lances foram feitos somente de modo virtual. O último leilão foi realizado no dia 30 de abril, com lances a partir de R$ 100 reais.
Com os itens já vendidos, até 40% do valor arrecadado retorna para as polícias dos estados que apreenderam o patrimônio. O dinheiro é destinado para a compra de equipamentos e viaturas para reforçar a proteção durante as operações de combate às drogas. A outra parte do montante segue para o Fundo Nacional Antidrogas (Funad), que financia projetos de prevenção e de combate às drogas.
Segundo o Diretor de Gestão de Ativos da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, Giovanni Magliano Júnior, o fato de o Paraná contar com uma área de fronteira explica o resultado de ações tão relevante. “As apreensões de bens em estados localizados em região de fronteiras tendem a ser ainda maiores, resultado da integração feita entre as forças policiais nas ações de combate ao tráfico na região", explicou.
Todos os leilões realizados até aqui arrecadaram um total aproximado de R$ 10 milhões de reais. A região Sul foi a responsável por quase 50% desse montante com a venda de 368 ativos, entre carros, caminhões, motocicletas e outros bens apreendidos do tráfico. Os três estados juntos arrecadaram R$ 4,6 milhões, sendo R$ 1,4 milhão referente ao Rio Grande do Sul e R$ 342 mil de Santa Catarina.
Os valores são destinados ao Funad e investidos em programas de segurança pública e em políticas de combate às drogas. No início deste ano, R$ 13 milhões do Fundo foram destinados para a compra de equipamentos de radiocomunicação. As torres foram instaladas na fronteira entre o Brasil e o Paraguai e estão sendo utilizadas por agentes de segurança que atuam no Programa Nacional de Segurança nas Fronteiras e Divisas - o VIGIA, da Secretaria de Operações Integradas da pasta (Seopi/MJSP).
"A receita decorrente da venda dos ativos apreendidos coopera para o enfrentamento das organizações criminosas e fortalece a segurança no local, favorecendo ainda mais as apreensões”, finalizou Magliano Júnior.
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