A defesa do ex-agente penal federal Jorge Guaranho pediu a revogação da prisão preventiva por alegada falta de segurança médica na Cadeia Pública de Foz do Iguaçu. De acordo com os advogados, Guaranho – que irá a júri popular por ter matado a tiros o ex-guarda municipal e ex-tesoureiro do PT Marcelo Arruda – teve que esperar por 12 horas por atendimento médico após quebrar o braço na cela.
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Em nota, a banca de defesa aponta que poucas horas depois de deixar o Fórum de Foz do Iguaçu na última quinta-feira (4), Guaranho foi levado para a carceragem da Cadeia Pública local. Por volta das 2h de sexta-feira (5) ele teria sofrido uma queda durante o banho. Em decorrência da queda, Guaranho quebrou o braço esquerdo.
Defesa fala em 12 horas de espera; Deppen nega demora no atendimento
Segundo os advogados, o réu precisou aguardar por 12 horas até receber atendimento médico adequado. Na nota, Samir Mattar Assad, Werbevan Paes de Castro, Anderson André Miranda, Eloi Leonardo Dore e Sidnei Servat afirmam que Guaranho só foi levado para o hospital municipal às 14h daquele dia.
“As condições de saúde do Sr. Jorge Guaranho, que já eram complexas devido aos espancamentos que sofreu, foi agravada por culpa exclusiva do estado do Paraná em não prover condições adequadas. A defesa não medirá a esforços no sentido de preservar a integridade física e psicológica de Guaranho, e provará sua inocência no julgamento designado”, afirmam os advogados.
Procurada pela reportagem, a banca de defesa de Guaranho não deu mais detalhes sobre o atual quadro de saúde do ex-agente penal federal, nem se ele será beneficiado por alguma medida de restituição de liberdade provisória.
À Gazeta do Povo, o Departamento de Polícia Penal do Estado do Paraná (Deppen) confirmou que Guaranho solicitou atendimento médico após uma queda durante o banho, mas nega que houve 12 horas de espera. “A equipe de plantão acionou o Siate, que fez o atendimento e o encaminhamento ao hospital do município, onde foi constatada a fratura em um dos braços. O atendimento prestado pela Polícia Penal foi imediato”, afirma o Deppen.
Advogados abandonaram júri de Guaranho alegando cerceamento da defesa
Réu por homicídio duplamente qualificado, Jorge Guaranho irá a júri popular no próximo mês de maio. O julgamento, que deveria ter sido realizado em dezembro de 2023, foi transferido para o último dia 4 de abril. Porém, alegando cerceamento da defesa, os advogados do ex-agente penal federal abandonaram o júri antes do início do julgamento. Uma nova data foi determinada pelo juiz do caso, Hugo Michelini Júnior, da 3ª Vara Criminal de Foz do Iguaçu.
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