A rodovia BR-277 será integralmente duplicada no Paraná, de Foz do Iguaçu até o litoral, após o fim das obras previstas para o Lote 6 da nova concessão de rodovias do estado. O lote, com 638 quilômetros de extensão entre as regiões central, oeste e sudoeste do Paraná, é o maior entre todos que farão parte dos novos contratos de pedágio no Estado.
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Os detalhes do projeto inicial deste lote foram apresentados nesta sexta-feira (19) por representantes do Ministério da Infraestrutura (Minfra) e da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), também ligada ao governo federal. Eles explicaram os detalhes do projeto, durante uma reunião técnica online, a prefeitos e representantes do G7, grupo de lideranças do estado e representantes de entidades do setor produtivo que discutem o novo modelo de pedágios.
Todo o trecho entre o Trevo de Relógio, na região de Prudentópolis, passando por Guarapuava até Foz do Iguaçu a BR-277 receberá duplicação em sua integralidade. Nesta área está a Serra da Esperança, tratada pelo diretor de rodovias do Ministério da Infraestrutura, Guilherme Bianco como a obra mais importante do lote. Além da duplicação, serão instaladas áreas de escape como a existente na rodovia BR-376 na região da Serra do Mar. Ao todo, o Lote 6 terá 444 quilômetros de rodovias duplicadas.
Bianco também explicou que a BR-277 em sentido à região oeste do Paraná é uma das rodovias que mais precisará de readequação de traçado da pista. O traçado original da pista, disse o diretor, foi feito adequado à realidade de quando a rodovia foi projetada, que já não é mais a mesma hoje. “Os carros evoluíram, a velocidade média aumentou e essas curvas são muito fechadas. Precisamos fazer essas readequações para garantir a segurança dos usuários e dar mais fluidez para o tráfego”, comentou.
Para tanto, três novas praças de pedágio devem ser instaladas dentro do Lote 6 – todas na porção sudoeste do trecho – que passará a contar com nove pontos de cobrança no total. Além das já instaladas praças de São Miguel do Iguaçu, Cascavel, Laranjeiras do Sul, Candói e Prudentópolis, o lote contará com as novas praças de Renascença, Ampére e Lindoeste.
Prefeito não quer contorno
Algumas questões pontuais foram discutidas durante a reunião, como a instalação de novos acessos de saída da rodovia na cidade de Realeza, nas proximidades da Universidade Federal da Fronteira Sul. Outro ponto discutido foi o contorno de Marmeleiro, uma das novidades apresentadas pelo MInfra para o Lote 6.
Assim como na cidade de Peabiru, Marmeleiro tem a área urbana dividida pela rodovia. Mas, ao contrário da intervenção do Lote 5, o contorno do sudoeste foi criticado pelo prefeito Paulo Pilati (MDB). Segundo ele, o comércio de Marmeleiro sofrerá um forte impacto negativo se o fluxo de veículos for desviado do centro da cidade para o contorno. O diretor do MInfra ponderou que o projeto não está fechado e mudanças ainda podem ser feitas, mas afirmou que não vê viabilidade em outras alternativas, como a duplicação do trecho urbano da rodovia PR-280.
Anel de integração pode ter sétimo lote de pedágio
Na porção sudoeste do lote, a concessão termina na entrada da cidade de Pato Branco. Questionado sobre a possibilidade de uma nova saída do município em sentido leste para escoamento da produção agrícola em uma ligação direta ao Porto de Paranaguá, Bianco informou que esse acréscimo inviabilizaria o Lote 6. Ele não descartou, porém, uma nova discussão acerca de um possível novo lote de 384 quilômetros, o 7º, que seguiria de Pato Branco pelas cidades de Clevelândia, Palmas, General Carneiro, União da Vitória, São Mateus do Sul terminando na Lapa.
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